Nesta terça-feira (04) aconteceu a terceira manifestação realizada
por professores e estudantes, que protestaram contra a morosidade da
justiça para elucidar o crime ocorrido em 03 de julho de 2016 contra a
professora Ienata Pedreira Rios, morta com cerca de 20 perfurações de
arma branca, dentro de sua residência, no Loteamento São José, próximo
ao Bairro Clériston Andrade, em Riachão do Jacuípe.
A manifestação saiu por volta das 9h desta terça-feira, da casa onde a professora morava, percorreu a Avenida
Eliel Martins e depois seguiu em direção ao centro a cidade. Houve
paralisações em frente à Igreja Matriz e Câmara de Vereadores, seguindo
pelo Fórum Desembargador Abelard Rodrigues, no Alto do Cemitério.
Depois, os manifestantes ocuparam por um período de 20 minutos da BR-324
e a Delegacia da Polícia Civil, no bairro da Bela Vista.
Para manter a ordem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou toda a movimentação na BR-324, juntamente
com a Polícia Militar de Riachão do Jacuípe e a Superintendência
Municipal de Trânsito. Durante cerca de 20 minutos, o trânsito ficou
obstruído, conforme acordo entre os líderes do movimento e agentes da
PRF.
Após esse tempo, os manifestantes usaram apenas o lado esquerdo da
rodovia e seguiram até a entrada da Delegacia de Policia Civil.
Pressão na Delegacia
Na Delegacia, uma comissão foi formada para conversar com o Delegado
Titular de Polícia Civil de Riachão do Jacuípe, Doutor Danilo Andrade,
responsável pelas investigações, que ouviu o clamor de seus líderes
cobrando agilidade no processo de conclusão do crime hediondo. De acordo
com informações colhidas por nossa reportagem, “continua sem novidades
sobre o autor do crime por falta de provas concretas”.
Ainda
de acordo com as anotações para o Interior da Bahia, a Polícia Civil
informou que já realizou “o melhoramento da imagem da câmera de
segurança, mas os laudos periciais não apontam precisamente um caminho
fiel para garantir a conclusão do inquérito”.
O movimento, que teve repercussão na média estadual, terminou por
volta das 12 h, devido ao retorno para casa dos estudantes da zona
rural, que trouxeram muitas faixas de protestos. Representantes de
Conceição do Coité e Pé de Serra, terra natal da professora Ienata,
também participaram do movimento.
Pela manhã, o repórter Valter Silva, da Rádio Jacuípe, também esteve
no Colégio Projeção, em Conceição do Coité, e entrou ao vivo para
informações. “Ela ensinou aqui e era muita querida por todos”, disse o
repórter.
Liberdade do noivo, sofrimento da família
O
noivo da vítima à época, Cássio Fabrício de Almeida, foi preso em
flagrante e apresentado na Delegacia de Riachão do Jacuípe como o
principal suspeito do crime. Mas, após ser ouvido pelo então Delegado
Sérgio Vasconcelos, foi transferido para o presídio da cidade de
Teofilândia, por medida de segurança, devido à revoltar popular. Como
“as provas contra ele não bateram”, segundo a justiça, foi liberado e
sem solução do caso que segue sem solução depois de um ano.
Enquanto isso, a dor e o sofrimento da família da professora Ienata
aumentam cada vez mais. No final da semana passada, em entrevista ao repórter
Mario Amaral, da Rádio Jacuípe, a senhora Maria Pedreira Rios, mãe da
vítima, revelou todo o sofrimento que a família vez passando. Aos
prantos, ela quase não conseguiu falar, clamando por justiça.
“Eu não quero vingança, não quero nenhum mal à pessoa que fez isso
com minha filha. Mas eu quero que essa pessoa pague, porque é muito
difícil para uma mãe suportar o que estou passando. O meu neto, filho
dela, eu nem sei mais como confortá-lo… Ele disse pra mim: ‘Vó, agora eu
só tenho vocês’. Então, não é fácil suportar esta dor. Às vezes eu
tento esconder as lágrimas para evitar que ele sofra mais ainda, mas tá
muito difícil”.
Por Noroel Fernandez e Evandro Matos / Interior Da Bahia
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