O Cruzeiro se sagrou pentacampeão da Copa do Brasil na noite desta
quarta-feira (27) ao derrotar o Flamengo nos pênaltis, por 5 a 3, após
empate sem gols no tempo normal, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Um dos
principais reforços da equipe carioca nos últimos anos, o meia Diego
perdeu a cobrança decisiva do confronto, ao fim de uma partida marcada
pelo duelo franco, de chances de gol para os dois lados.
Depois do empate por 1 a 1 no jogo de ida, o Cruzeiro exibiu ligeira
superioridade em campo no Mineirão, com maior solidez na defesa. Mesmo
mais cauteloso, principalmente no primeiro tempo, o time da casa levou
maior perigo no ataque. O Flamengo, mais instável taticamente, cedeu
brechas na defesa e sofreu mais para sustentar o 0 a 0 no placar.
Nas penalidades, o Cruzeiro converteu todas as suas cinco cobranças,
enquanto o Flamengo perdeu uma delas, com Diego, em defesa do goleiro
Fábio. O resultado garantiu ao time mineiro seu quinto título da Copa do
Brasil, igualando o recorde do Grêmio. Além disso, o time comandado
pelo técnico Mano Menezes assegura vaga direta na fase de grupos da
próxima Copa Libertadores.
O JOGO - O Cruzeiro começou a finalíssima com uma baixa. Logo aos 3
minutos, Raniel apontou dores musculares nas duas coxas e precisou
deixar o gramado. Aposta de Mano Menezes, o atacante de 21 anos deu
lugar ao experiente Arrascaeta.
A mudança inesperada abalou o time da casa por breves minutos, em que o
Flamengo aproveitou para acelerar o jogo e ameaçar o gol de Fábio.
Guerrero carimbou o travessão em cobrança de falta, aos 6.
Com uma postura mais defensiva, o Cruzeiro só chegou no ataque pela primeira vez aos 13. E logo ficou claro para os anfitriões que o melhor caminho seria o lado esquerdo do ataque. Foi assim que Arrascaeta e Thiago Neves quase abriram o placar em duas chances seguidas, quase da mesma posição.
A partir dos 20 minutos, os dois times transformaram o jogo num duelo de defesas, com vantagem para o Cruzeiro. O Flamengo cedia brechas no setor, cometia mais erros do que de costume e corria risco toda vez que o time mineiro resolvia buscar o ataque. Falhas de Pará e Willian Arão quase custaram caro aos visitantes.
O Cruzeiro, por sua vez, era mais estável na zaga e mais sólido nos demais setores do campo. Tanto que o Flamengo, depois da bola no travessão, só ameaçou uma vez o anfitrião. Foi aos 38 minutos, quando Berrío arriscou chute rasteiro e mandou à direita do gol de Fábio.
O Flamengo voltou para o segundo tempo com as mesmas dificuldades do primeiro: oscilava mais na defesa e exibia certa desorganização no meio-campo. Ciente destas limitações do rival, Mano Menezes colocou seu time para pressionar a saída de bola, com postura mais agressiva.
A tática não surtiu efeito, mas logo cansou os jogadores cruzeirenses. Quando recuou, o time da casa passou a ser mais ameaçado pelo Flamengo. Tentando encontrar brechas na defesa anfitriã, a equipe carioca teve chance em cobrança de falta na área e numa escapada pela esquerda, com Guerrero e boa finalização de Diego. Fábio caiu no canto para fazer a defesa, aos 19 minutos.
O Cruzeiro respondeu aos 32 em jogada de Diogo Barbosa, que quase contou com ajuda de Muralha. Ele cruzou na área e o goleiro desviou mal. A bola foi em direção de Arrascaeta, que cabeceou desequilibrado e mandou para fora. Na sequência, o uruguaio acertou um forte direto, em cobrança de falta na lateral, desperdiçando grande chance, aos 28.
Em inesperado duelo franco nos minutos finais, o Flamengo fez sua última tentativa antes dos pênaltis em investida de Guerrero. O atacante peruano acertou forte chute da esquerda e exigiu linda defesa de Fábio. Foi a investida derradeira antes das penalidades.
Nas cobranças, o Cruzeiro foi soberano. Henrique, Léo, Hudson, Diego
Barbosa e Thiago Neves converteram todas as cobranças. A última
finalização chegou a gerar rápida e forte reclamação dos flamenguistas
porque Thiago Neves escorregou no momento da cobrança, dando a impressão
de dois toques. Mas a arbitragem confirmou o gol. Pelas imagens da TV, o
meia cruzeirense não chegou a dar dois toques.
A penalidade acabou sendo decidida na finalização de Diego, defendida
por Fábio, ao pular no seu canto direito. Na sequência, Thiago Neves
sacramentou a vitória e o título ao converter a última cobrança dos
anfitriões.
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 0 (5) x (3) 0 FLAMENGO
CRUZEIRO - Fábio; Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Hudson, Robinho (Rafinha), Thiago Neves e Alisson (Élber); Raniel (Arrascaeta). Técnico: Mano Menezes.
FLAMENGO - Alex Muralha; Pará, Réver, Juan e Trauco; Cuéllar, Willian Arão e Diego; Berrío (Rodinei), Everton (Lucas Paquetá) e Guerrero. Técnico: Reinaldo Rueda.
CARTÕES AMARELOS - Ezequiel, Hudson (Cruzeiro); Pará, Guerrero (Flamengo).
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 0 (5) x (3) 0 FLAMENGO
CRUZEIRO - Fábio; Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Hudson, Robinho (Rafinha), Thiago Neves e Alisson (Élber); Raniel (Arrascaeta). Técnico: Mano Menezes.
FLAMENGO - Alex Muralha; Pará, Réver, Juan e Trauco; Cuéllar, Willian Arão e Diego; Berrío (Rodinei), Everton (Lucas Paquetá) e Guerrero. Técnico: Reinaldo Rueda.
CARTÕES AMARELOS - Ezequiel, Hudson (Cruzeiro); Pará, Guerrero (Flamengo).
ÁRBITRO - Luiz Flávio de Oliveira (Fifa/SP).
RENDA - R$ 7.897.000,00.
PÚBLICO - 61.017 pagantes.
LOCAL - Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).
RENDA - R$ 7.897.000,00.
PÚBLICO - 61.017 pagantes.
LOCAL - Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).
Por Felipe Rosa Mendes | Estadão Conteúdo
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