Ele sofreu dois infartos e, em decorrência de complicações, estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital da Bahia.
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O ex-deputado federal Pedro Irujo Yaniz, 88 anos, morreu nesta
sexta-feira (15), em Salvador. Ele sofreu dois infartos e, em
decorrência de complicações, estava internado na Unidade de Tratamento
Intensivo (UTI) do Hospital da Bahia.
Proprietário das rádios de Feira de Santana, Nordeste FM e Subaé AM,
Pedro Irujo nasceu na região norte da Espanha, no dia 29 de junho de
1930. Naturalizou-se brasileiro e formou carreira política na Bahia. O
filho de Bruno Irujo e de Felisa Yaniz era casado com Irene Rodrigues
Irujo (falecida) tinha dois filhos, Luiz Pedro Rodrigues Irujo e Heliete
Rodrigues Irujo e três netos Pedro Mercês Irujo, Brujo Irujo Sampaio,
Victor Irujo Sampaio.
O sepultamenro está previsto para ocorrer às 15h de hoje (15), no cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana.
Biografia
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pedro
Irujo fez o curso secundário na cidade natal, mudando-se para o Uruguai
em 1950. Conheceu o Brasil em viagens ocasionais, até transferir-se
para São Paulo, em 1956, e para Salvador, em 1963, onde se tornou sócio
proprietário e presidente da Breda Turismo (1963-1966), da Nordeste
Transportes Especializados Ltda. (1966), da Stella Azurra S.A. (1973),
da TV Itapoã, repetidora do Sistema Brasileiro de Televisão, em
Salvador, e da Rádio Sociedade da Bahia S.A. (1980), e da Polystar
Indústria e Comércio de Produtos Sintéticos Ltda. (1985-1987).
Iniciou a vida política em 1980 e foi delegado nacional do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (1987-1990). Presidente da Associação
Brasileira dos Exportadores de Manufaturados de Sisal (1989) e
conselheiro da Associação Comercial da Bahia (1990-1994), elegeu-se
deputado federal no pleito de outubro de 1990 pela legenda do Partido de
Renovação Nacional, a mesma sob a qual Fernando Collor de Melo
conquistou a presidência da República. Empossado em fevereiro de 1991,
foi titular da Comissão de Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano e
Interior e de duas comissões mistas especiais — a que debateu a
política de incentivos fiscais regionais e a que tratou de planos,
orçamentos públicos e fiscalização.
Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992 votou a
favor da abertura do processo de impeachment do presidente Fernando
Collor, acusado de crime de responsabilidade por ligações com um esquema
de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial
Paulo César Farias. Afastado da presidência logo após a votação na
Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco
antes da conclusão do processo pelo Senado Federal, sendo efetivado na
presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o
cargo interinamente desde o dia 2 de outubro.
Irujo retornou ao PMDB em outubro de 1992, candidatando-se sem
sucesso à prefeitura de Salvador. De volta ao Legislativo foi titular
das comissões de Desenvolvimento Urbano e Interior, Viação e
Transportes, e da comissão especial que discutiu a política nacional de
habitação. Contrário ao voto obrigatório e à instituição do Imposto
Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), votou a favor do Fundo
Social de Emergência (FSE).
Em outubro de 1993 foi acusado pelo economista José Carlos Alves dos
Santos, ex-assessor do Senado, de participar do esquema liderado pelo
deputado João Alves (PPR-BA), responsável por desvios de verbas
federais. A comissão parlamentar de inquérito que apurou os fatos
considerou-o isento de culpa, mas em novembro o Ministério Público
denunciou-o por crime eleitoral.
Pedro Irujo reelegeu-se em outubro de 1994, tornando-se
vice-presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Informática, titular das comissões especiais sobre os serviços de
telecomunicações e sobre a criação de novos municípios, e suplente da
Comissão de Agricultura e Política Rural. Representou a Câmara dos
Deputados na XII Feira Internacional de Maquinário Têxtil, realizada em
Milão, na Itália.
Nas votações das emendas constitucionais propostas pelo governo
Fernando Henrique Cardoso em 1995 votou a favor da quebra do monopólio
estatal nos setores de telecomunicações, exploração de petróleo,
distribuição de gás canalizado e navegação de cabotagem; da mudança do
conceito de empresa nacional; da prorrogação por 18 meses do FSE,
rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que permitia ao
governo gastar até 20% da arrecadação vinculada às áreas de saúde e de
educação.
Em junho de 1996 votou contra a criação da Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF), que substituiu o Imposto
Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), fonte suplementar de
recursos destinados à saúde.
Em janeiro/fevereiro de 1997 votou a favor da emenda que previa a
reeleição de presidente da República, governadores e prefeitos sem
necessidade de desincompatibilização. E em novembro, pela quebra da
estabilidade do servidor público, item da reforma administrativa. Foi
titular das comissões especiais que discutiram a proposta de redução da
jornada máxima de trabalho para 40 horas semanais, a nova Lei das
Telecomunicações e as eleições de 1998.
Terceiro vice-presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática, em outubro de 1998 Pedro Irujo conquistou o
terceiro mandato de deputado federal, sempre pelo PMDB. Em novembro
votou a favor do teto de 1.200 reais, para aposentadorias no setor
público, e dos critérios de idade e tempo de contribuição mínimos, para
os trabalhadores do setor privado, itens fundamentais para a definição
da reforma da previdência. Assumiu a cadeira em fevereiro de 1999.
Transferiu-se para o Partido da Frente Liberal (PFL) em 2000, e nesta
legenda reelegeu-se para a Câmara Federal, pela Bahia, nas eleições de
2002. No ano seguinte, deixou o PFL, ingressando no Partido Liberal
(PL), de onde sairia em 2005. Após ficar um período sem legenda,
retornou ainda este ano para o PMDB. Ao longo desta legislatura
(2003-2007) atuou como titular das Comissões Permanentes de
Desenvolvimento Urbano e Interior, e de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática, da qual foi também Terceiro Vice-Presidente.
Fonte: Acorda Cidade
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