De acordo com a médica veterinária Mirza Cordeiro, coordenadora do Centro de Zoonoses, a prática de deixar animais soltos pelas ruas ainda persiste.
O Centro de Zoonoses de Feira de Santana, órgão da Secretaria Municipal
de Saúde, já recolheu 695 animais soltos pelas ruas em diversos bairros
da cidade até o início de outubro este ano. A média de recolhimentos é
de 70 por mês, em sua maioria de cavalos, que após um dia trabalho são
liberados por seus donos para buscarem seu próprio alimento.
De acordo com a médica veterinária Mirza Cordeiro, coordenadora do
Centro de Zoonoses, a prática de deixar animais soltos pelas ruas ainda
persiste, apesar de todo o trabalho do órgão para sensibilizar os
proprietários. Segundo ela, os bairros com maior incidência são Feira
IX, entrada do Sobradinho, entrada do Campo Limpo, Feira X, Muchila,
Mangabeira e Conceição, além de diversos locais da Avenida de Contorno,
onde o risco de acidentes é muito alto.
“Feira já é uma grande cidade e não comporta mais ter esse tipo de
animal nem na periferia. A cidade cresceu muito, e os donos têm que
cuidar dos seus animais, deixar presos, ter um local para guardar no
final do dia, e não deixar os animais soltos, principalmente na Avenida
de Contorno”, alertou.
A médica veterinária informou ainda que o número de animais soltos
aumentou muito em 2017, em comparação com o ano passado, quando 659
foram levados para o Centro de Zoonoses.
“Houve um aumento significativo da quantidade de animais. E nós estamos
em outubro ainda. Então nós vamos ultrapassar muito a quantidade desses
animais apreendidos. Infelizmente, a gente observa que é uma prática que
ainda persiste de pessoas que não têm consciência e não tem cuidado com
seus animais”, afirmou.
Mirza Cordeiro explicou que o animal quando é recolhido para o Centro, é
feita uma resenha sobre a condição do animal. Mas, devido a uma lei que
existe no órgão, ele é liberado após o pagamento de uma taxa de 100
reais pelo proprietário, que geralmente volta a deixá-lo solto pelas
ruas.
“Infelizmente as pessoas retornam, pois já têm o costume de deixar seus
animais soltos, por mais que a gente tente sensibilizar essas pessoas,
não estamos atingindo nossos objetivos. As pessoas continuam com essa
prática, mesmo a gente orientando sobre todos os riscos que esses
animais podem ter, como causar um acidente. Continuam achando que após o
trabalho, o animal tem que ficar solto em busca do seu próprio
alimento”, disse.
A denúncia de animais soltos pode ser feita através da Central 156.
Laiane Cruz com informações e fotos do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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