A Guarda Civil Municipal
de Feira de Santana, subordinada ao secretário Pablo Robert, está sendo acusada
por dezenas de artesãos de agressão física e verbal. As agressões aconteceram
na tarde de quinta-feira (26), no Centro de Abastecimento de Feira de Santana,
na parte do artesanato.
A comerciante Edileusa
Rodrigues alegou ter sido vítima. “Estávamos sentados ali, reivindicando nossos
direitos, porque esse espaço faz parte do Patrimônio Imaterial do Estado da
Bahia; o IPAC já até embargou a obra, mas a Prefeitura, como sempre, desafia a
todos e as obras continuam. Então, vieram e jogaram spray de pimenta, pegaram à
força do lugar onde estava”, acusa a comerciante.
De acordo com outra
comerciante, Imar Chagas, os guardas chegaram, isolaram toda a área e pegaram a
maquina conhecida como bate-estaca para começar a funcionar. “Porém, tínhamos
solicitado que não usassem essa máquina até resolver essa situação. Nos
prometeram que não vinham, mas hoje vieram e fizeram isso, inclusive proibiu
até de comerciantes abrirem suas lojas, de clientes passarem para comprar.
Devido a essa situação, iniciou-se o conflito”, reclamou.
Uma das comerciantes
alegou que foi agredida fisicamente por um dos guardas. “Olha aqui, ele me
derrubou, eu, uma mulher dessa idade, mãe de família, estou todos os dias aqui
no batente, porque não aceitamos essa forma de nos expulsar daqui”, acusou.
Os comerciantes alegam
que os valores que serão cobrados pelo shopping popular, que será erguido no
local, são muito caros e não terão condições de pagar. “O menor Box custará em
média de R$ 2.300 a R$ 3 mil. Isso é um absurdo. Pagávamos a taxa de R$ 120 a
R$ 250, onde conseguiremos tirar um lucro para pagar essa quantia que eles
querem?”, indagou uma comerciante.
GCM se defende
O Guarda Municipal
Rogério Oliveira disse que a Guarda é preparada. “Viemos aqui para fazer uma
intervenção de um equipamento público municipal. Aqui, como todos podem ver,
haverá um grande empreendimento na cidade. Então, existiam três senhoras que
estavam tentando impedir o funcionamento da máquina, entendo que existe a
insatisfação dessas pessoas e aí fizemos o emprego da força para retirá-las”,
declarou.
As informações e fotos
são do Polícia é Viola/Folha do Estado.
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