Anote na agenda: o fim do mundo tem uma nova data. Desta vez o
apocalipse está previsto para a próxima segunda-feira (23). A
“remarcação” ficou por conta do numerólogo americano David Meado, que
havia previsto a destruição da Terra para o último dia 15 de outubro.
Ele refez os cálculos de quando haverá a colisão entre o planeta Nabiru e
o globo terrestre. Essa é a segunda mudança da data em menos de um mês.
Há menos de 30 dias, Meado havia afirmado que a passagem estava
vinculada à “convergência do número 33”, um conjunto de coincidências
encontradas por ele que inclui esse valor. O numerólogo disse que o
eclipse solar ocorrido no dia 15 de agosto, que cobriu parte do norte do
planeta, foi a confirmação de um presságio do profeta Isaías, descrito
no Antigo Testamento da Bíblia.
De acordo com o estudioso, a data de 23 de setembro se referia ao
33°dia depois do eclipse total do sol, considerado por ele um sinal
assustador. Meado ainda se refere ao capítulo 12 do livro do Apocalipse
de São João, em que “uma mulher vestida como o Sol, com a Lua sob os
seus pés e uma coroa de 12 estrelas sobre a cabeça, dará a luz”.
Segundo o jornal “The Sun”, Meade disse que as pessoas interpretaram
mal a profecia do Planeta X. O numerólogo afirma que o fim de outubro
seria o início de um período de tribulação de sete anos, para ser então
sucedido por mil anos de paz.
Para Thiago Gonçalves, professor de astronomia da UFRJ e coordenador
de imprensa da Sociedade Astronômica Brasileira, não existe motivo para
alarde. “Não existe nenhum fundamento científico por trás dessas teorias
conspiratórias. Não há necessidade se preocupar nem agora nem no
futuro. Não temos nenhuma indicação, baseada em dados, que aponte o fim
do mundo. Não há necessidade se preocupar nem agora, nem no futuro.
Devemos encarar isso como um boato”, diz.
Quanto à existência do planeta Nabiru – apontado por alguns como
responsável por uma colisão com a Terra –, Gonçalves afirma que há
evidências. “Existem evidências indiretas que podem indicar a presença
de corpos celestes com campo gravitacional com a capacidade de atrair
outros corpos celestes. No entanto, são atividades que estão
completamente fora do Sistema Solar. Então acaba se tornando algo muito
distante para causar influência por aqui”, esclarece o
pesquisador.
Fonte: Thuany Motta/ O Tempo.
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