Sandra Freitas, presidente do Sindicato dos Bancários, disse que a proposta do movimento é chamar a atenção da sociedade para o assassinato da CLT, que é a consolidação das leis trabalhistas.
Na tarde desta sexta-feira (10), trabalhadores se reuniram e saíram
pelas ruas do centro de Feira de Santana, para protestar mais uma vez
contra as reformas trabalhista, da previdência e a lei da terceirização.
O ato popular aconteceu em todo o Brasil e reuniu diversos segmentos de
manifestantes. A reforma trabalhista entra em vigor com as alterações
em vários pontos nas leis trabalhistas neste sábado (11).
Foto: Paulo José/Acorda Cidade |
Sandra Freitas, presidente do Sindicato dos Bancários, disse que a
proposta do movimento é chamar a atenção da sociedade para o assassinato
da CLT, que é a consolidação das leis trabalhistas.
Segundo ela, o governo atual não respeita os trabalhadores, que ao longo de anos lutaram em busca de suas conquistas.
“Hoje é um dia de luto pela nossa CLT que foi assassinada. Todos os
itens da reforma são prejudiciais aos trabalhadores e dentre eles temos a
questão do trabalho intermitente, que é aquele que as empresas podem
chamar o trabalhador para trabalhar duas ou três horas por dia, um dia
da semana e no final do mês ele só receber por essas horas trabalhadas.
Ou muda o congresso ou os trabalhadores terão muito mais perdas”,
afirmou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
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Ainda de acordo a sindicalista, as manifestações da classe trabalhadora
deveriam interferir nas decisões dos políticos. Para ela, o povo
brasileiro precisa acordar e ir para as ruas.
“Precisamos fazer uma mudança radical no congresso e não votar em quem
votou contra os trabalhadores. Essas pessoas não podem merecer o nosso
voto”, acrescentou.
Zé Grande, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais declarou que
as reformas trabalhistas prejudicam imensamente os trabalhadores do
campo e o processo de aposentadoria. A mudança na legislação vai tirar
direitos da aposentadoria rural e as pessoas que sobrevivem nesta
realidade vão sofrer muito.
“Precisamos evitar a aprovação desse projeto. Juntar forças. Os trabalhadores estão preocupados com esta situação”, afirmou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade |
O presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio, Antônio Cedraz
também lamentou as reformas da previdência e trabalhista, assim como a
lei da terceirização. Para ele, tais medidas acabam com uma série de
conquistas dos trabalhadores.
“São 70 anos de lutas e conquistas que estão para serem enterradas. A
CLT praticamente foi jogada no lixo. Os trabalhadores do comércio que já
são tão sacrificados vão perder vários direitos”, finalizou.
A reforma
A reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado (11), alteras
regras da legislação atual e traz novas definições sobre pontos como
férias e jornada de trabalho.
Ao todo, foram alterados mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e criadas duas modalidades de contratação: trabalho
intermitente (por jornada ou hora de serviço) e a e o teletrabalho,
chamado home office (trabalho à distância).
Rachel Pinto com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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