O advogado de José de Jesus vai entrar com o recurso na vara de execuções penais, para que seu cliente possa cumprir o restante da pena em liberdade.
Foi a julgamento na terça-feira (28), no Fórum Desembargador Felinto Bastos em Feira de Santana, o
réu José de Jesus, acusado de ter assassinado no dia 4 de setembro de
2016, a companheira Marinalva da Silva Dias, em um bar, na Rua Andaraí,
bairro Jardim Cruzeiro.
Segundo José de Jesus, os dois estavam bebendo e a companheira paquerou um homem de prenome Bigode. Ele não gostou da atitude dela, o casal se desentendeu e então houve o crime. Marinalva foi morta a facadas.
Na defesa do réu, trabalhou o advogado Marco Aurélio Gomes e na acusação
a promotora Semiana Cardoso. A presidência do júri foi realizada pela
juíza Márcia Simões Costa. O Conselho de Sentença e a juíza aplicaram
uma pena de cinco anos de prisão em regime aberto para o réu.
José de Jesus já cumpriu um quase um ano e três meses da pena e para o
advogado Marco Aurélio, a pena foi proporcional a situação. De acordo
com ele, a finalidade da pena não é apenas a ressocialização. Foi
entendido o crime como um fato isolado e a vítima deu causa
circunstancial.
"É uma pessoa que poderá voltar a viver como vivia antes trabalhando e
isso servir de lição para ele. Por isso que eu não sustentei uma tese
pela absolvição. Apenas entendo que a pena deveria ser de forma mais
suave, mais leve, dada as circunstâncias. O papel da gente também não é
só defender por defender, a gente também tem que ter um compromisso com o
processo, com a prova. E assim agimos, quem fez a defesa não foi a
defesa propriamente, foi a responsabilidade do Ministério Público no
trato com o processo e apenas nós concordamos”, salientou.
A promotora de justiça Semiana Cardoso declarou que ao praticar o crime o
réu agiu sob o domínio de violenta emoção e por esse motivo o
Ministério Público pediu uma condenação mais atenuada, uma condenação
por homicídio privilegiado.
“Sempre buscamos analisar o processo. Tentando realmente ver o que as
provas estão a indicar. Foi o que aconteceu neste caso. Entendemos que é
a pena adequada, a pena devida para este caso”, acrescentou.
O advogado de José de Jesus vai entrar com o recurso na vara de
execuções penais, para que seu cliente possa cumprir o restante da pena
em liberdade.
Rachel Pinto com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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