sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Mobilizados pelo SINTRAPI, servidores municipais param atividades nesta sexta-feira e realizam panfletagem

Os trabalhadores do serviço público municipal de Ichu mobilizados pelo SINTRAPI que é o sindicato que representa esta categoria, paralisaram as atividades nesta sexta-feira, 10, acompanhando a Central Única dos Trabalhadores - CUT e outras centrais sindicais que estão na luta contra as reformas idealizadas pelo Governo Temer.

Inicialmente os servidores se encontraram na sede da entidade para um bate-papo, enquanto alguns diretores foram até a Rádio Comunitária Independente FM e concederam entrevista.

Dando continuidade aos trabalhos houve uma panfletagem pelas ruas da cidade falando principalmente da Reforma Trabalhista que entra em vigor neste sábado, 11 de Novembro.

TEOR DO PANFLETO DISTRIBUIDO PELA CIDADE E ZONA RURAL
Neste sábado, 11 de novembro de 2017, entrará em vigor a Reforma Trabalhista, um dos maiores ataques aos direitos da classe trabalhadora na história do Brasil. Hoje, a CUT e as demais centrais sindicais organizaram o "Dia Nacional de Paralisação", que pretende denunciar os retrocessos promovidos pelo governo ilegítimo de Michel Temer.

Estão acontecendo manifestações em todos os estados, mostrando à população as mazelas que o governo já trouxe à vida do trabalhador e o que ainda pode ser aprovado, como a Reforma da Previdência, que dificultará o acesso à aposentadoria. 

O negociado sobre o legislado é um dos pontos mais nefastos da reforma trabalhista, na prática significa que acordos entre patrão e empregados terão mais valor que a lei e poderão reduzir direitos, como salários, PLR - Participação nos Lucros e Resultados e outros, também vai permitir acordos individuais, ou seja, é a lei do mais forte que vai imperar.

O trabalhador terá ameaçado o direito de tirar 30 dias de férias; o prazo para o contrato temporário aumentou de 90 para 180 dias, podendo ser prorrogável por mais 90 dias, com isso as empresas vão poder ficar trocando de trabalhadores sem precisar registrar.

Praticamente acaba com o direito à justiça gratuita dos trabalhadores de baixa renda e determina que o trabalhador tenha que arcar com todas as custas do processo, caso perca na Justiça. Permitirá demissão por acordo, a multa do FGTS é reduzida a 20%, o Aviso Prévio fica restrito a 15 dias, o acesso ao FGTS será de apenas 80% e não terá mais seguro desemprego e foi criado também um Termo de Quitação, o qual deverá ser assinado anualmente pelo trabalhador reconhecendo que recebeu todos os direitos.

A empresa poderá contratar o trabalhador por dia ou por hora e a remuneração poderá ser inferior ao salário mínimo. A jornada de trabalho poderá ser flexibilizada podendo passar das atuais oito para até 12 horas por dia, um banco de horas também poderá ser firmado individualmente e o deslocamento deixa de contar como parte da jornada. Permite que as mulheres grávidas ou lactantes trabalhem em locais insalubres, ou seja, que ofereça riscos à saúde.

São mais de 100 alterações na CLT que deixam os trabalhadores à mercê da pressão e chantagem das empresas.

Temer, o congresso de corruptos e os patrões só não contavam com a RESISTÊNCIA DOS TRABALHADORES, com greves e mobilizações que estão barrando vários ataques e garantindo a renovação de acordos coletivos.

Ichu, 10 de novembro de 2017
Diretoria do SINTRAPI

Redação do AL Notícias

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