O evento começou com um ato público no estacionamento da prefeitura e, em seguida, o cortejo percorreu uma parte da Getúlio.
Com o tema ‘O respeito é a resposta: me aceite como eu sou’, a 16ª
Parada LGBT de Feira de Santana foi realizada neste domingo (3), na
Avenida Getúlio Vargas. O evento começou com um ato público no
estacionamento da prefeitura e, em seguida, o cortejo percorreu uma
parte da Getúlio.
O presidente do movimento Articulação LGBT, Cristiano Queiroz da Silva,
afirmou que a parada este ano teve um saldo muito positivo, em relação
ao ano anterior. Segundo ele, os organizadores do evento calcularam uma
participação de cerca de 10 mil pessoas.
“A Parada LGBT, com todas as dificuldades que nós tivemos, teve um saldo
muito positivo. Tivemos uma articulação bem feita pela Secretaria de
Prevenção à Violência, e isso nos possibilitou um evento muito
tranquilo, onde as pessoas puderam curtir da melhor forma, mostrar toda a
sua desenvoltura e todo o respeito que precisam”.
Sobre a escolha do tema ‘O respeito é a resposta: me aceite como eu
sou’, Cristiano Queiroz disse que foi nessa perspectiva que os
participantes foram às ruas, principalmente após a repercussão da
chamada cura gay.
“Então a gente precisa pedir esse respeito e reafirmar esse valor que a
Parada perdeu, pois ano passado tivemos uma parada que foi totalmente
destruída por outros movimentos, então nós estamos reconstruindo a
confiança das instituições. Sobre essa situação da cura gay, nós tivemos
na nossa feira da diversidade e cidadania a participação do Conselho
Regional de Psicologia, que explicou toda a situação do próprio
regimento do conselho, que diz que os psicólogos não podem se pronunciar
contra essa questão da diversidade sexual e sim orientar essas pessoas
para que se aceitem como são e essas pessoas existem dentro de cada
família tradicional brasileira”, afirmou o integrante do movimento
Articulação LGBT.
Ainda de acordo com Cristiano Queiroz, muitas pessoas hoje ainda se
sentem reprimidas no meio familiar, o que tem levado a índices elevados
de depressão e suicídio.
“O que a gente pede é o respeito e a garantia de direitos, pois em cada
família temos pessoas reprimidas por conta da religião, do preconceito
familiar, e cada vez mais temos visto casos graves. Os grupos LGBT tem
cinco vezes mais chances de sofrer depressão e oito vezes mais de
cometer suicídio, e temos o Brasil como o primeiro país no mundo que
mais mata os LGBTs, e a Bahia como o primeiro estado”.
Por Laiane Cruz com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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