A
Polícia Federal encontrou as digitais do dedo mindinho do ex-ministro
Geddel Vieira Lima nas notas dos R$ 51 milhões encontrados em um
apartamento em Salvador, em setembro deste ano.
Dinheiro foi encontrado em quarto de apartamento vazio após denúncia anônima |
Uma reportagem do
Fantástico exibida neste domingo (17) mostrou os passos da investigação
da PF que concluíram que o ex-ministro tocou nos R$ 51 milhões. Antes de
começar a contagem do dinheiro, um policial teve a ideia de verificar
as digitais que estavam nas notas, porque ainda não tinha uma prova que
ligasse o dinheiro a Geddel.
Por
meio do trabalho de papiloscopistas ficou comprovado que o político
tocou no dinheiro. O laudo da PF mostra que foi encontrada a digital do
dedo mínimo de Geddel em um plástico onde estavam R$ 100 mil. O trabalho
de verificação foi feito a partir do cruzamento das digitais de Geddel
do passaporte, disponíveis no banco de dados da PF.
Também
foram encontradas digitais do dedo médio e do indicador direito de
Geddel em outro plástico. Outra digital também foi identificada pela
polícia, a de Gustavo Ferraz, considerado aliado do político. Depois da
perícia, as notas foram liberadas para contagem. Job Ribeiro,
ex-assessor do ex-ministro também teve digitais identificadas no
dinheiro.
A
reportagem mostrou ainda que uma denúncia anônima revelou que o
político estava guardando o dinheiro no Edifício José Silva Azi, no
bairro da Graça. A denúncia foi feita no mês de julho e dizia que o
transporte era constante. A denúncia foi feita no mesmo dia que Geddel
passou a cumprir prisão domiciliar, 14 de julho.
De
acordo com a reportagem, após a denúncia, os policiais conseguiram que a
Justiça determinasse uma busca ao apartamento. Uma equipe de quatro
policiais chegou ao prédio e chamaram um chaveiro para conseguir entrar
no apartamento. Quando entraram, viram a sala vazia e as portas dos
quartos trancadas.
Os
policiais, então, começaram a olhar pela fechadura das portas até que
viram que um lençol branco cobria uma coisa grande. Aa abrir a porta,
viram as caixas e malas. Inicialmente, a polícia achou que tinha
encontrado documentos escondidos, e chamaram duas testemunhas – como é
de praxe – para acompanhar a abertura das caixas.
Ao
abrir a primeira mala, os policiais viram que só tinha dinheiro. Foram
encontrados um saco plástico, nove malas e sete caixas. Em seguida, todo
dinheiro foi levado para a sede da Polícia Federal e o dono do imóvel
foi levado para prestar depoimento. Ele contou que tinha emprestado o
apartamento para o irmão de Geddel, Lúcio Vieira Lima, e o local seria
como um depósito para guardar os pertences do pai dos irmãos, que morreu
no início do ano.
Fonte: Correio24horas
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