Mais uma família vive o drama de tentar transferir um
parente internado em policlínica de Feira de Santana para um hospital com
condições de cuidar do paciente, e o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) é
sempre apontado como solução. O problema é que por conta de vários acidentes
ocorridos no último fim de semana, o hospital ficou mais uma vez sobrecarregado
e não dispõe de vagas.
Segundo o diretor do HGCA, José Carlos Pitangueira, somente no período do feriado do Natal, 54 pessoas envolvidas em acidente com moto foram atendidas e ficaram internadas naquela unidade.
E há pelo menos 15 dias, a idosa Enedina Conceição de Souza,
85 anos, moradora do bairro Rua Nova está internada na Policlínica Dr.
Francisco Martins da Silva, situada naquela localidade, esperando por uma
regulação para o Hospital Geral Clériston Andrade.
Apelo a políticos
A filha, Maria do Carmo, informou que a idosa está com o
pulmão inflamado e com falta de ar, além de problema no coração. Ainda de
acordo com ela, uma médica orientou que levasse a paciente para casa, mas sem o
suporte de oxigênio, que a família não tem condições de adquirir, a paciente
corre o risco de morrer. “Não tem condições de ir para casa. Vocês políticos me
ajudem, Zé Neto, Zé Ronaldo, vereadores. Diz que não tem vagas, mas quando é
uma pessoa que tira a vida de um pai de família, uma mãe de família, um
bandido, sempre tem vaga”, protestou.
Mais de 50 acidentados com moto no fim de semana
Em entrevista concedida ao repórter Sotero Filho, o diretor
do Clériston Andrade explicou que 257 pessoas foram atendidas durante o feriado
de Natal, e pelo menos 54 foram vítimas de acidente envolvendo moto. Também
deram entrada no hospital, 20 vítimas de acidente com carro, entre outros
traumatismos. “Ai é um absurdo, você não tem como ter vaga no Clériston
Andrade. 54 acidentes de moto, todos ficaram internados. É por isso que nós
sempre faltamos”, declarou Pitangueira.
Hospitais fecham leitos e sobrecarregam o Clériston.
O diretor do HGCA voltou a frisar que as UPAs estão
preparadas para o atendimento anterior ao Clériston Andrade e que casos como o
da idosa, de cardiopatia, poderia ser encaminhado para o Hospital Dom Pedro de
Alcântara. “Lembre-se que o hospital Dom Pedro é um excelente hospital, e que
trata cardiologia muito bem. Tem uma equipe muito boa de cardiologia e que
devem ser resolvidos casos de carodiologia, não é também vir a cardiologia para
o Clériston Andrade”, se referindo ao caso da idosa internada na policlínica.
“Você tem 54 acidentes de moto, 20 acidentes de carro e
ainda tem que resolver problemas cardíacos, me desculpe, vai ter que parar pra
acertar, porque assim fica muito difícil qualquer pessoa trabalhar numa
emergência em Feira de Santana”, desabafou.
Pitangueira informou que está tentando transferir a idosa
para o HGCA, mas ressaltou que o caso dela poderia ser resolvido no Hospital
Dom Pedro. “Agora, uma senhora de 84 anos, debilitada como está, botar numa
maca, numa emergência, a gente trazer para agradar? Pra resolver, estamos aqui
à disposição, agora atender 54 acidentes de moto no fim de semana, fica difícil”.
Ampliação do HGCA é paliativo
Sobre a ampliação da emergência do Hospital Geral Clériston
Andrade, Pitangueira informou que as obras devem ficar prontas no final de
junho de 2018, e voltou a criticar a falta de opções para atender a demanda de
Feira e região. “Não adianta você colocar mil leitos, que você vai resolver o
problema. Você tem que aperfeiçoar, não é fechar leito, como fechou o Dom Pedro”,
finalizou.
Blog Central de Polícia, com informações e fotos de Sotero
Filho e reprodução.
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