"É algo que foi compromisso do governador do estado, mas está faltando menos de 300 dias para a eleição e, a essa altura, parece que não vai sair", criticou.
O vice-prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (PMDB), cobrou uma
promessa de campanha do governador Rui Costa (PT): a construção do novo
hospital geral de Feira de Santana. Em entrevista ao Acorda Cidade,
nesta sexta-feira (15), o peemedebista ressaltou que o Hospital Geral
Clériston Andrade (HGCA)não suporta mais a grande demanda.
“O Clériston foi feito em 1985 e já não mais suporta a pressão. Na época, Feira de Santana tinha em torno de 300 mil habitantes, a região toda não chegava a 600 mil e, hoje, só Feira tem 624 mil habitantes, a região está muito maior e o hospital está permanentemente lotado”, constatou.
Colbert acredita que as reformas que estão sendo feitas no HGCA - que
terá a maternidade transferida, na próxima terça-feira (19), para o
Hospital Estadual da Criança (HEC) e, com isso, a criação de novos
leitos - não vão resolver o problema. Ele lembra que a construção da
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) construída pelo governo também não
conseguiu diminuir a demanda excessiva de pacientes para o Clériston,
assim como as policlínicas municipais. “O que Feira precisa é um novo
hospital de emergência. É algo que foi compromisso do governador do
estado, mas está faltando menos de 300 dias para a eleição e, a essa
altura, parece que não vai sair”, criticou.
O vice-prefeito comparou a necessidade de Feira a Lauro de Freitas, onde
o governo acabou de dar ordem para a construção do hospital
metropolitano, em que serão investidos R$ 150 milhões. Colbert considera
um bom investimento e ressalta que assim como Lauro precisa, Feira
também. Observa ainda que há diversos outros hospitais relativamente
próximos do hospital metropolitano, a exemplo do Hospital Menandro
Farias, 9,9 km, o Geral de Camaçari, 22 km, e o de Simões Filho, 20 km, e
isso só reforça que apesar de ter o Clériston Andrade, Feira precisa de
mais um equipamento do porte.
“Se é possível fazer um hospital na Região Metropolitana de Salvador e
tem dinheiro para isso, por que não está fazendo um hospital geral em
Feira? É preciso fazer, até por que é um compromisso e nas
circunstâncias em que Feira de Santana está o hospital continuará
lotado”, projetou.
Hospital Lopes Rodrigues
Colbert também criticou a possibilidade de fechar o Hospital
Especializado Lopes Rodrigues. Disse que a ideia que deve ser seguida é
acabar com os modelos de manicômio, o que ele também é a favor, mas de
forma alguma com a urgência psiquiátrica.
“Aqueles hospitais em que se trancava a pessoa e a família ia embora,
isso tem que acabar. Agora, a urgência psiquiátrica é igual a quem tem
um problema no coração, uma hipertensão. Se você interna quem tem
hipertensão, por que não interna quem está na fase aguda? Se quem tem um
problema no coração, pulmão, fígado ou rim pode passar quatro cinco,
dez dias internados, por que uma pessoa que tem um surto psicótico não
pode passar oito dias internada no hospital? Acabar com Hospital
Colônia, um hospital de agudos, não tem a mínima condição” frisou.
O vice-prefeito disse ainda que os Centros de Atendimento Psicossociais
(Caps) não vão suprir o papel de hospitais psiquiátricos, porque
funcionam com outro perfil e não têm médico à noite. “Não tem como
acabar, até porque os problemas psíquicos estão aumentando muito e a
terceira causa de morte entre jovens no país hoje é o suicídio”,
arrematou.
Por Orisa Gomes / Fonte: AcordaCidade
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