Ele estava internado desde o último dia 17 no hospital e não tinha um diagnóstico preciso. A doença só foi confirmada depois de resultados de exames do Laboratório Central da Bahia (Lacen).
A direção do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) confirmou na tarde
desta sexta-feira (26) que o agente de portaria, Antônio César da Silva,
34 anos, que residia no distrito de Maria Quitéria, morreu nesta
madrugada, vítima leishmaniose. Ele estava internado desde o último dia
17 no hospital e não tinha um diagnóstico preciso. A doença só foi
confirmada depois de resultados de exames do Laboratório Central da
Bahia (Lacen). A informação foi dada pelo vice-diretor médico do HGCA,
Aurélio Sciarretta Júnior.
Foto: Ney Silva / Acorda Cidade |
O médico informou que Antônio César já vinha sentindo alguns sintomas e
recebeu atendimento em policlínicas da cidade, desde o final do mês de
novembro, sem obter resultado. Dr Aurélio Sciarretta Júnior esclarece
que os sintomas da leishmaniose são parecidos com os da Dengue, Febre
Tifoide e até Turbeculose. Os sintomas são febre intermitente, dores no
corpo, falta de apetite, emagrecimento, entre outros. Segundo o médico, o
tratamento é feito inicialmente com medicamento sintomático.
O médico Aurélio Júnior informou que o paciente ao dar entrada no
Clériston Andrade no último dia 17, estava em estado grave, com os olhos
amarelados, o que demonstra que o fígado estava sendo agredido. Além
disso, ele estava com falta de ar, estomago distendido e pernas
inchadas. “O olho amarelo significa problema no fígado, a perna inchada é
problema renal e o sangramento gengival e nasal, é causado pela
doença”, esclarece.
Ainda de acordo com o médico, a doença só pode ser diagnosticada por
exames de medula óssea, o que, de acordo com ele foi feito, mas o
resultado demorou, ficando pronto somente na última quinta-feira. Dr
Aurélio informou que até na última quarta, o paciente estava bem.
“Conversei com ele, examinei e estava bem, inclusive teve alta da sala
vermelha e foi para enfermaria. Na madrugada de quarta para quinta,
começou a apresentar desconforto respiratório e o sangramento nasal
voltou a acontecer. Com isso, ele necessitou voltar a sala vermelha”,
relatou.
O médico Sciarretta Júnior destacou que a doença não é transmitida nem
pela mordida do cachorro e nem de pessoa para pessoa e sim pela fêmea de
um mosquito pequeno conhecido como ‘palha’. “O mosquito tem hábitos
diurnos, de 7h as 10h, e vespertinos, de 4h as 19h. “O cachorro
infectado com calazar é picado pelo mosquito, que até então é sadio, e a
fêmea vai se infectar e depois pica a ser humano, transmitindo a
doença”, explicou.
O vice-diretor do Clériston esclareceu que a doença leishmaniose é
quando é no ser humano, enquanto que no cachorro é chamada de calazar.
Fonte: Daniela Cardoso e Ney Silva / Acorda Cidade
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