Ele nega que matou a aposentada e acusa o pedreiro Edmilson Macedo de Sena, que foi preso na manhã da última terça-feira (16).
Jonas de Jesus Marques (Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade) |
O segundo acusado de roubar e matar a funcionária aposentada dos
Correios Rosimeire Costa da Cruz, 52 anos, foi preso por volta das 4h
desta quinta-feira (18), ao descer de um ônibus da empresa Gontijo, na
Avenida Rio de Janeiro, no bairro Pedra do Descanso, em Feira de
Santana.
O ajudante de pedreiro Jonas de Jesus Marques foi preso por policiais
civis da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), que escoltaram
o ônibus, com um mandado de prisão, desde a cidade de Milagres. Os
policiais obtiveram a informação de que o acusado retornaria de São
Paulo para buscar a esposa.
Jonas nega que matou a aposentada e acusa o pedreiro Edmilson Macedo de
Sena, 41 anos, conhecido como “Pastor”, que foi preso na manhã da última
terça-feira (16). Ao ser preso, Edmilson também negou ter matado Rosimeire e atribuiu a Jonas a autoria do assassinato.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade (Arquivo) |
Rosimeire foi encontrada morta no início da noite da última quarta-feira
(10) pelo irmão, que estava sem notícias dela desde o dia 8. O corpo
foi encontrado em estado de putrefação no banheiro da casa da
aposentada, localizada na Rua Pilar do Sul, no bairro Brasília. (Relembre aqui)
Jonas disse ao Acorda Cidade que foi para São Paulo sabendo que teria
que voltar para ser interrogado e que a esposa dele queria morar no
outro estado para trabalhar. Ele narrou uma versão diferente da que foi
contada por Edmilson.
“Eu não matei a mulher. Ele mandou eu lavar a pá e a enxada e ele entrou
lá para dentro da casa e depois ele veio apavorado dizendo que a gente
tinha que pegar ela, se não ela iria virar lá dentro. Esse negócio de
virar é matar, entendeu? Aí eu não tive opção e peguei ela pelo braço e
quando eu cheguei lá ela estava pálida, no chão, com o fio pendurado no
pescoço. Eu chorei, e disse para ele que é louco, que ele é maníaco, que
é bicho. Tenho muitas coisas para me defender, tem digitais lá. Eu sou
inocente. Ele disse que queria dinheiro. Ela estava deitada na sala,
jogada, toda roxa e ele disse que eu teria que pegar ela [para levar
para o banheiro], se não me matava. Ela estava sem respirar, eu não vi
nada, nem ouvi a voz dela gritando”, disse.
A versão do outro acusado
Edmilson foi preso na casa onde reside, no Residencial Alto do Rosário,
no bairro Conceição. De acordo com o delegado Laércio Santos, da DRFR, a
polícia chegou até ele após diligências iniciadas depois que os
investigadores encontraram, na residência da vítima, um recibo de dízimo
em nome do acusado. Na casa do pedreiro a polícia encontrou a televisão
e os aparelhos de som roubados de Rosimeire.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade (Arquivo) |
“A gente estava trabalhando na segunda-feira (10), por volta das 15h30, e
Dona Rosa pediu para jogar um fogão velho fora, que era de um antigo
inquilino. Fui jogar o fogão branco lá fora e quando retornei eu pedi
para Jonas colocar a massa no andaime. Ele me ajudou a subir no andaime
porque era alto, e ele entrou na casa. Ele ficou conversando com ela,
demorou um pouco e ele voltou dizendo que fez uma merda e que eu estava
envolvido até o tutano. Me desesperei, não vi como ele a matou, eu o
conhecia há pouco tempo. Eu estou envolvido porque foi eu que o levei
para trabalhar lá, mas eu não sou envolvido com nada, pode puxar minha
ficha”, disse o acusado ao Acorda Cidade.
Questionando sobre os pertences da vítima encontrados na casa dele, o
acusado disse que foi pressionado a guardar pelo ajudante. "Eu estou até
agora sem entender direito tudo o que aconteceu. Ele disse que não
queria que a mulher dele soubesse e pediu para eu guardar, que depois
buscaria. Ela foi morta na segunda-feira de tardezinha. Estou envolvido
porque eu que levei ele para lá, mas eu não matei", enfatizou informando
que trabalhou com Jonas por cerca de quatro dias.
O carro de Rosimeire, um Kia Soul branco, foi encontrado na última sexta-feira (12), próximo à casa de Edmilson.
Por que pastor?
Questionando se era pastor Evangélico, Edmilson negou. “Eu não sou mais
crente”, declarou. O delegado disse ao Acorda Cidade que o acusado
informou que era pastor em São Paulo e que frequentava uma igreja
evangélica em Feira, e ganhou esse apelido aqui, apesar de não ser mais
pastor.
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Fonte: Andrea Trindade / Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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