Prisão foi feita nesta segunda-feira (12), em um condomínio de luxo localizado na Av. Paralela, em Salvador. Outras três suspeitos já tinham sido presos.
Um empresário foi preso, na segunda-feira (12), em Salvador, suspeito de
fazer parte do esquema fraudulento que envolvia a compra de camarotes
do carnaval da capita baiana. De acordo com a Secretaria da Segurança
Pública (SSP-BA), Leandro Magalhães, 33 anos, mais conhecido como
"Pirulito", estava com a prisão decretada e foi preso em um condomínio
de luxo, na Avenida Paralela.
Presos por fraude na compra de camarotes gastaram R$67 mil em hospedagens
Na ação que resultou na prisão de Leandro, segundo a SSP, foram
apreendidas dezenas de relógios de marcas famosas, joias e aparelhos
eletrônicos. A operação que resultou na prisão de Pirulito foi
coordenada pelo delegado Élvio Brandão, diretor do Departamento de
Crimes Contra o Patrimônio (DCCP).
Conforme a Secretaria da Segurança Pública, Leandro faz parte da mesma
quadrilha que Lucas de Oliveira Santos, de 26 anos, José Nilson Barreto,
27, e Diego Gomes Barreto, 30, presos com mais de 40 camisas de acessos
de camarotes, na quinta-feira (8).
Segundo a polícia, a quadrilha utilizava dados de terceiros, inclusive
estrangeiros, para emitir cartões de crédito em seus nomes. Lucas e José
Nilson também estavam com as prisões decretadas e foram encaminhados ao
sistema prisional, bem como, “Pirulito”. Já Lucas Santos, preso em
flagrante, foi encaminhado para audiência de custódia. Não há
informações sobre o resultado da audiência.
Esquema fraudulento
De acordo com a polícia, o grupo fazia as compras dos camarotes com o
cartão de crédito de um banco inglês, mas que tinha o nome deles. Para
conseguir o cartão, eles recebiam ajuda de um hacker.
As camisas dos camarotes que foram compradas pelo grupo eram vendidas
por até R$ 400 abaixo do valor oferecido oficialmente pelos camarotes.
“Um dos dias que custava R$2.400 eles vendiam por R$ 2 mil”, detalhou o
delegado Elvio.
Com os suspeitos, além de celulares, relógios e uma quantia de R$ 2 mil,
a polícia encontrou os abadás que eles compraram e revenderiam.
A investigação da fraude começou há cerca de 60 dias, após denúncias.
“Começamos a receber denúncias e avaliamos que, no ano passado, eles
agiram aqui em Salvador dando um golpe de R$500 mil. Após monitoramento,
descobrimos que eles conhecem um hacker que conseguia pegar contas de
clientes em um banco da Inglaterra que tinha muito limite no cartão. O
cartão vinha no nome deles, mas a fatura ia para a vítima. Tem gente que
foi vítima do golpe e mora nos Estados Unidos”, explicou o delegado
Élvio Brandão.
A polícia identificou que a quadrilha pagou R$ 67 em diárias, em um
hotel de luxo em um dos circuitos do carnaval de Salvador. A polícia
identificou também que, além de comprar abadás, camarotes e pagar a
hospedagem, os suspeitos pagaram com o cartão de crédito 20 garrafas de
champanhe que custa cerca de R$ 2 mil a unidade.
Fonte: G1
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