Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (27), pela Polícia Rodoviária
Federal (PRF) e pela Polícia Federal (PF), a Operação “Estrada Livre”,
que cumpriu 07 mandados de prisão nos estados da Bahia, Sergipe e Minas
Gerais.
Os presos fazem parte de uma organização criminosa responsável
por mais de uma centena de roubos a veículos de carga nas rodovias da
Bahia, Sergipe, Minas Gerais e Tocantins.
Os criminosos agiam à noite ou nas primeiras horas da madrugada.
Geralmente, quatro elementos fortemente armados rendiam motoristas de
caminhões em postos de combustíveis ou pontos de apoio. Os alvos
principais eram veículos em bom estado, pouco importando se estavam
carregados ou vazios. Em seguida, o caminhão era levado para estradas de
terra, onde outros membros da quadrilha faziam a retirada dos conjuntos
rodas/pneus.
Uma Combinação de Veículos de Carga (CVC) comum nas rodovias como o
bitrem, por exemplo, pode ter até 34 pneus, sem contar os estepes. Com a
ajuda de outros integrantes da quadrilha, entre três e cinco elementos,
todos os pneus da CVC eram retirados em um tempo que variava entre uma e
três horas. Um caminhão baú, caçamba ou outro veículo de menor porte
era usado para levar os pneus.
Cada pneu de uma carreta custa em média R$ 1.600,00, mais
aproximadamente R$ 400,00 da roda ferro. Em alguns modelos, em que a
roda é de alumínio, somente essa peça custa R$ 1.000,00. Assim, em cada
roubo, a quadrilha gerava um prejuízo entre R$ 68 mil e R$ 88,4 mil,
isso sem considerar pneus sobressalentes, rádios, demais peças, dinheiro
e pertences pessoais.
Sob forte ameaça, amarrados e por vezes agredidos, os caminhoneiros
tinham também subtraídos ainda os seus pertences pessoais, rádios,
outras peças de fácil retirada e dinheiro.
Entre 2016 e 2017, estima-se que a quadrilha presa hoje foi responsável
por 124 assaltos em rodovias da Bahia, gerando um prejuízo direto de
aproximadamente R$ 6.200.000,00. Ações como essas provocam outros
efeitos nocivos como atraso nas entregas, sensação de insegurança nos
motoristas, encarecimento do frete, entre outros.
As rodovias onde a quadrilha mais atuava eram a BR 242 e BR 101, mas
também há registros de investidas na BR 116, na BR 324 e na BR 110.
Extraída do Portal Cleriston Silva PCS
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