O ministro Edson Fachin, do Supremo
Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (2) a inclusão do
presidente Michel Temer em um inquérito que investiga os ministros
Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) dentro
da Operação Lava Jato. Na mesma decisão, o ministro deu 60 dias para a
Polícia Federal concluir as investigações.
O prazo poderá ser estendido se houver novo
pedido de prorrogação. O inquérito, aberto em março do ano passado com
base na delação de executivos da Odebrecht, busca indícios de pagamento
de propina pela empreiteira na Secretaria de Aviação Civil, que já foi
comandada por Padilha e Moreira Franco entre 2013 e 2015.
Nesta semana, a procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, pediu a inclusão de Temer na investigação a
partir do relato do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Em
depoimento, ele disse que Temer participou de jantar, ocorrido em maio
de 2014, no qual teria sido discutida a divisão de valores destinados ao
PMDB.
Ao narrar a suposta destinação da propina,
Dodge citou a afirmação do ex-diretor da Odebrecht que afirmou que
“Eliseu Padilha seria encarregado de entabular tratativas com agentes
privados e decentralizar as arrecadações financeiras da Odebrecht; que
ele teria deixado claro que falava em nome do vice-presidente [à época,
Michel Temer] e que utilizaria o peso político dele para obter êxito em
suas solicitações”.
Do Portal NS/Fonte: G1
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