Os quadrigêmeos que nasceram prematuros em Salvador receberam alta e já
estão em casa em Riachão do Jacuípe, na Bacia do Jacuípe, onde a mãe
reside. Segundo o G1, a alta ocorreu nesta sexta-feira (9), um mês e 11
dias depois do nascimento dos bebês, de parto natural.
Elias, Maria
Eduarda, Maria Eloisa e Maria Elena nasceram no dia 26 de janeiro, na
Maternidade de Referência José Maria de Magalhães Neto, no bairro do Pau
Miúdo, na capital baiana, após uma gestação natural, sem fertilização.
A mãe, Eliomária Gomes, é agente de endemias e o pai é caminhoneiro.
Durante a gravidez, eles tiveram de se deslocar de Riachão do Jacuípe
para Salvador diversas vezes para fazer o acompanhamento médico. Os pais
chegam a gastar 960 fraldas por mês com as crianças. Eles receberam
muitas doações de pessoas que ficaram sensibilizadas com os custos da
família.
Os quadrigêmeos da família de Riachão do Jacuípe nasceram no dia 26 de
janeiro. O parto e o pré-natal foram feitos na Maternidade José Maria
Magalhães Neto porque, em caso de quadrigêmeos, são necessários cuidados
rigorosos. Os pais das crianças contaram com ajuda da comunidade do
município Riachão do Jacuípe para arcar com os custos quadriplicados da
gestação.
“Fizeram rifa, doaram fraldas, berço. Por mais que a gente tenha
comprado, mas eram quatro, né? Foi um milagre desde o início, um amor
incondicional de pessoas que eu nem conhecia, e vieram ajudar com
doações. No momento, eu só tenho que agradecer imensamente”, contou a
mãe das crianças.
Eliomária já tinha um filho de 9 anos e diz que a família foi
surpreendida com o caso de quadrigêmeos, que não foi planejado. “Sem
acreditar. Na nossa família, nem na do meu esposo, têm gêmeos, então no
início foi um susto, mas milagre a gente aceita e pronto”, considera.
Ela conta que só pode trabalhar até o início da gestação. “Eu trabalhei
até os 4 meses e, dos 4 meses em diante, já começou um repouso mais
absoluto, porque poderia ter dado um deslocamento de placenta. A gente
sabia que ia ser prematuro, mas caso eu fizesse algo, poderia vir
prematuro extremo”, conta.
Na gestação, só haviam três placentas, porque duas das crianças são
gêmeas univitelinas e idênticas, ou seja, ficaram em uma placenta só.
Foi necessária uma grande equipe na chegada dos bebês: três obstetras,
quatro hematologistas, quatro enfermeiros e um anestesista trabalharam
durante o parto.
A menor foi Maria Eduarda, que nasceu com 1 kg e 15 gramas e 40
centímetros de altura. O maior bebê foi Elias, com 1 kg e 600 gramas e
43 centímetros.
Na saída da maternidade, a família foi aplaudida por funcionários da unidade de saúde |
Redação Portal Cleriston Silva PCS
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