A vereadora Marielle Franco, do PSOL, foi
assassinada a tiros na noite desta quarta-feira, no Rio de Janeiro.
O motorista do carro em que Marielle estava também foi baleado e morto. A
assessora Fernanda Chaves também estava no veículo e sobreviveu. O
crime aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, região
central da cidade.
Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas últimas eleições para
a Câmara Municipal, com 46.502 votos. Na noite desta quarta, antes do
homicídio, ela participou de um evento com jovens negras na Lapa.
Em nota, o PSOL cobrou “apuração imediata e rigorosa desse crime
hediondo” e destacou a atuação política de Marielle. “Estamos ao lado
dos familiares, amigos, assessores e dirigentes partidários do PSOL/RJ
nesse momento de dor e indignação. A atuação de Marielle como vereadora e
ativista dos direitos humanos orgulha toda a militância do PSOL e será
honrada na continuidade de sua luta.”
Ativa nas redes sociais, a vereadora costumava postar mensagens de
apoio ao movimento negro e aos direitos da mulheres e críticas ao
governo de
Michel Temer, à intervenção federal no estado e à atuação da polícia.
No último domingo, Marielle protestou contra uma operação da Polícia
Militar na Favela de Acari. “Chega de matarem nossos jovens! Chega de
esculacharem a população! #VidasNasFavelasImportam”, escreveu. Em outro
tuíte, ela ligou a PM à morte do jovem Matheus Melo, baleado na terça na
favela do Jacarezinho ao sair da igreja, em caso ainda sem solução.
Trajetória
Formada em sociologia pela PUC-Rio, ela tinha mestrado em
Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua
dissertação teve como tema “UPP: a redução da favela a três letras”.
Marielle também coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e
Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado do deputado estadual Marcelo Freixo, também do PSOL.
Pesar
O prefeito Marcelo Crivella publicou a seguinte nota sobre a morte:
“É com profundo pesar que lamentamos o brutal assassinato da vereadora
Marielle Franco, cuja honradez, bravura e espírito público
representavam, com grandeza inigualável, as virtudes da mulher carioca.
Sua trajetória exemplar de superação continuará a brilhar como uma
estrela de esperança para todos que, inconformados, lutam por um Rio
culto, poderoso, rico, mas, sobretudo, justo e humano. Em cada lar uma
prece, em cada olhar uma lágrima e em cada coração um voto de tristeza,
dor e saudade. É assim que hoje anoitece a cidade desolada e amargurada
pela perda de sua filha inesquecível e inigualável. Que Deus a tenha!”
(Informações da Revista Veja / Fotos: Estadão e O Globo).
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