O Baião de 2 este ano completou 18 anos e durante este tempo grandes nomes da musica nacional se apresentaram.
Da esquerda p/ direita: Erasmo Medeiros, Rômulo Mascarenhas e Ricardo Ferreira |
O Calila Noticias acompanhou no fim da tarde desta quarta-feira (4)
uma reunião de avaliação da festa Baião de 2 realizada no último sábado,
31, no Mano’s Fest em Conceição do Coité, da diretoria composta por
Ricardo Ferreira, Erasmo Medeiros e Rômulo Mascarenhas.
Em contato com Ricardo Ferreira, ele que ao final da festa escreveu
um texto para divulgar no Calila os agradecimentos, deixou uma dúvida no
ar quanto ao futuro do Baião que completou 18 anos. No meio do texto
Ferreira cita: “Toda história tem início, meio e fim. E nesse processo
acertamos e erramos muito, mas sempre com o propósito de fazer o evento
perfeito, inesquecível. Tentamos, através do BAIÃO, criar um patrimônio
cultural, engrandecer a nossa cidade e provocar em todo coiteense um
sentimento de orgulho. COITÉ, A TERRA DO BAIÃO“.
Comentários na cidade surgiram que a festa não teve o êxito esperado e
a colocação de Ricardo deixou transparecer que este seria o último
Baião de 2.
Mano Walter e Marília Mendonça duas principais atrações da festa de 18 anos |
Durante a reunião de avaliação os diretores admitiram que a festa não
alcançou o resultado esperado, mas comemoraram a vendagem de ingressos
no dia do evento que eles consideraram suficientes para livrar de
grandes prejuízos, pois, assim como em outras festas passadas o Baião
sempre honrou seus compromissos e jamais um artista ficou sem subir ao
palco.
“Muitos criticam o Baião, torcem pelo insucesso e isso nos deixa
triste, principalmente porque essa energia negativa vem de alguns
coiteenses, e o mais curioso são pessoas que não vão na festa e fica
pegando informações inverídicas e jogando em redes sociais. Sempre
tentamos criar através do Baião um patrimônio cultural, queríamos que
nosso povo tivesse a mesma satisfação de muita gente de fora que ao se
referir a Coité lembra do Baião”, afirma Ricardo.
Ricardo comentou sobre algumas postagens em redes sociais que algumas
pessoas criticaram as atrações dizendo que foram repetidas. “Trouxemos
Marília Mendonça uma das atrações mais caras do Brasil na atualidade,
Mano Walter outro nome de grande sucesso na atualidade, Harmonia
realmente já havia tocado, mas é uma banda que agrada. Entendemos que as
melhores do pagode são Harmonia, Leo Santana e Psirico e não tem como
não repetir pelo menos no quesito pagode. Por outro lado a gente
contrato com base em pesquisa com nomes mais badalados da atualidade e
podemos afirmar que os principais cantores e bandas de destaque no
Brasil quase todos já subiram nos palcos do Baião”, garante.
O empresário disse que vai analisar friamente juntamente com Erasmo e
Rômulo para decidir o futuro da festa, ele não escondeu o desejo de
manter a festa que através dela gera emprego e renda. Segundo ele,
somente o Baião contratou 392 pessoas para trabalhar na festa, além do
aquecimento do comercio de modo especial aquele que atua no ramo de
calçados e confecções. Pousadas, postos de combustíveis, restaurantes e
lanchonetes também são beneficiados com o baião.
Ricardo lembrou ainda que o Baião tem seu lado social que já beneficiou várias entidades com o Baião Solidário.
Erasmo Medeiros disse que depois que ocupa as vagas de pousadas e
hotéis, a procura por hospedagem passa a ser nas cidades vizinhas.
Medeiros disse que isto tudo é reflexo da presença de pessoas de fora na
festa que ele assegura que era de 70% ocupando o espaço da festa. "A
festa foi linda, não sei porque a população coiteense não prestigia.
Temos uma preocupação de oferecer o melhor sempre, claro que nunca deixa
de ter algo inesperado”. afirmou.
O Baião de 2 começou numa brincadeira entre amigos durante o Coité
Folia 2000 e foi crescendo ao ponto de se tornar uma das maiores festas
privada da Bahia, mas sempre enfrentou resistência de algumas pessoas
(minoria) da própria cidade que procura formas de criticar.
Os diretores da festa admitiram que a crise que instaurou no país
afetou também este setor, lembraram que muitas festas consagradas na
Bahia também tiveram baixa e algumas deixaram de fazer. "A festa
acontece uma vez durante o ano, temos uma grande aceitação, gostamos da
festa e por enquanto vamos analisar cada ponto e se tiver de continuar
será sempre com qualidade”, afirmou Rômulo.
Redação CN
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