Estava ocorrendo uma operação no bairro Mangabeira de abordagem de pessoas suspeitas e de patrulhamento. O policial foi abordado e teve uma reação agressiva. Houve confronto, Elielson foi atingido e não resistiu.
O policial militar Elielson Nascimento de Souza, de 38 anos, morreu após
trocar tiros com a Rondesp Leste, por volta das 12h20 desta
quarta-feira (4), na Rua Tupinambá, bairro Mangabeira em Feira de
Santana. Ele morava na Rua Altamira do mesmo bairro e trabalhava na 65ª
Companhia Independente de Polícia Militar (65ª CIPM) em Feira de
Santana. Foi transferido da 52ª Companhia Independente de Polícia
Militar (52ª CIPM) em Lauro de Freitas há três meses.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade |
Segundo o major Átila de Jesus, comandante da Rondesp Leste estava
ocorrendo uma operação no bairro Mangabeira de abordagem de pessoas
suspeitas e de patrulhamento. O policial foi abordado e teve uma reação
agressiva. Houve confronto, Elielson foi atingido e não resistiu. Ele
informou que foi instaurado um inquérito policial para apurar todas as
circunstâncias do fato. “O que aconteceu de fato eu não sei. O inquérito foi instaurado para chegar a verdade real do que aconteceu”, disse.
Foto: Divulgação | O policial militar Elielson Nascimento de Souza |
O major informou ainda que a Rondesp só ficou sabendo que Elielson era
policial militar quando ele chegou ao hospital. O major lamentou o que
aconteceu e considerou a situação uma fatalidade. “Nenhum policial deseja entrar em confronto com outro nem tirar a vida
do outro. É um fato lamentável, a corporação está enlutada e o fato será
apurado. Como o caso é complexo é melhor esperar a apuração. Assim que
cessou o motivo da ocorrência foi dado socorro para ele e constatada a
sua identidade”, acrescentou.
O major Átila relatou que a Rondesp Leste está com sentimento de
tristeza profunda e questionamento porque uma abordagem simples chegou a
tal desfecho.
O delegado Roberto Leal, coordenador 1ª Coorpin (Coordenadoria de
Polícia do Interior), relatou que a Polícia Civil esteve no local do
fato que vitimou o PM para realizar a perícia. Ele declarou que o
objetivo é desvendar a dinâmica dos fatos a partir da versão apresentada
pela guarnição da Rondesp Leste, imagens de câmeras de segurança de
residências e testemunhas.
“Comparecemos ao local a fim de averiguar os fatos relatados e se
existia vestígios do confronto e outras circunstâncias. Foram realizadas
diligências para ver se era possível angariar imagens de câmeras de
segurança das residências e também conversar e colher depoimentos de
pessoas. Testemunhas oculares e algum fato que venha enriquecer as
investigações”, comentou.
Segundo Roberto Leal, há imagens da câmera de segurança de uma
residência que é possível ver o PM passando na rua, depois correndo e em
seguida os policiais da Rondespe Leste. Ele salientou que esse material
será acrescentado aos autos com o objetivo de enriquecer o inquérito
policial.
Depois de concluído o inquérito, este será remetido ao Ministério Público (MP) e posteriormente encaminhado ao judiciário.
Rachel Pinto com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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