Um mês após o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) desistir de disputar a
eleição para o governo estadual, a oposição a Rui Costa (PT) ainda
tenta juntar os cacos e unificar os caminhos naquilo que for possível.
José Ronaldo (DEM) e João Gualberto (PSDB) ainda estão com as
candidaturas postas, contudo, a retirada do tucano é esperada para os
próximos dias, conforme noticiou o site BNews.
Em meio ao cenário pessimista instalado após a defecção da principal
liderança, há quem defenda o clássico ditado popular “o que não tem
remédio, remediado está” para o caso da disputa majoritária. Os
candidatos ao Senado apostam na ausência de forças hegemônicas no
cenário nacional como forma de buscar um êxito eleitoral em uma chapa
com poucas chances de vitória.
Já os que postulam um cargo legislativo na Câmara dos Deputados ou Assembleia Legislativa estão focados em suas próprias corridas. Não tendo um “grande líder” para puxar votos, cada um está cuidando da base e segurando aquilo que pode com o que tem. No caso dos deputados federais com mandato, as generosas emendas liberadas pelo presidente Michel Temer (MDB) quando das votações que impediram o prosseguimento das investigações contra ele ajudaram.
Os candidatos a deputado estadual estão correndo trecho e tentando
segurar as lideranças políticas de prefeito a cabo eleitoral que
resistiram aos assédios dos partidos aliados a Rui Costa, sobretudo, PSD
e PP. Outro grupo é o que compõe as chamadas bandas “b” em cidades nas
quais não há possibilidade de acordo entre pró-Rui e contra Rui.
Afunilamento - Com a possibilidade concreta de Gualberto retirar a
candidatura abre-se a discussão sobre a “tática” eleitoral. Um grupo
dentro dos aliados de Neto defende que a melhor estratégia é reunir
todos os candidatos em uma única chapa para disputar a Câmara dos
Deputados.
Atualmente, composta por 13 parlamentares, mais Lúcio Vieira Lima
(Cláudio Cajado deixou o grupo para ingressar no PP), as contas mais
otimistas apontam para a manutenção do número de deputados eleitos – 14.
O site, em conversa com um dos responsáveis por traçar o panorama, teve
acesso à estimativa de votos. Os candidatos estão separados em três
“categorias” de acordo com a projeção de votos. O “primeiro escalão” é
integrado por oito candidatos com perspectiva de votação acima de 100
mil. O segundo agrupamento é composto por seis que podem ter entre 70
mil e 100 mil votos.
Já no terceiro estão concentrados os postulantes com perspectiva em
torno de 50 mil. Neste caso, dificilmente serão eleitos. Se não houve
surpresas, afirma a fonte deste site, serão 14 eleitos e em um acordo
futuro dois suplentes podem assumir. Neste contexto não está
contabilizado Lúcio Vieira Lima (MDB).
Quanto à bancada na Assembleia Legislativa formada por 20 parlamentares,
a expectativa é de que a oposição ao governo petista faça entre 16 e 18
cadeiras. Mas, as tratativas quanto ao Legislativo estadual ainda estão
em fase inicial.
Quanto à divisão dos fundos partidário e eleitoral ninguém ainda arrisca
a dizer quanto ficará para cada candidato. Pior, os postulantes a
deputado estadual sabem que ficarão com pouco recursos para fazer a
campanha em comparação aos colegas que querem um lugar ao sol na Casa
Baixa do Planalto Central.
Redação Portal Cleriston Silva PCS
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