Jogadores da seleção atuam em clubes de ponta do futebol mundial.
Com a chegada da seleção da Croácia à primeira final de
Copa do Mundo, o país entrou no radar de muita gente pela primeira vez.
Os jogadores que entram em campo neste domingo (15), com sua
tradicional camisa quadriculada, representam um país de 4,4 milhões de
habitantes, localizado no Leste Europeu e vizinho da Eslovênia, Hungria,
Sérvia, Bósnia Herzegovina e Montenegro.
A Croácia se estabeleceu como país independente em 1991, após a
separação das repúblicas que compunham a antiga Iugoslávia. Além da
Croácia, a Sérvia, a Bósnia Herzegovina, a Eslovênia, a Macedônia,
Montenegro e Kosovo conquistaram sua independência com fim da
Iugoslávia. O Kosovo, no entanto, é reconhecido como um país apenas por
parte dos membros da Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil, por
exemplo, é um dos países que não dão esse reconhecimento ao Kosovo.
A maioria da população do país finalista da Copa é composta por pessoas
de origem croata, mas há também bósnios, sérvios e húngaros. Quase dois
terços da população vivem em um pouco mais de um terço do território. A
capital, Zagreb, concentra 18% dos habitantes do país. Curiosamente, a
Croácia sofreu um decréscimo populacional nos últimos anos. Chegou a
quase 5 milhões de habitantes em 1991, mas vem caindo desde então.
Segundo o site oficial do governo croata, a queda do número de
habitantes decorre da redução da população economicamente ativa, do
aumento dos cuidados com os idosos e da diminuição do número de
nascimentos.
Brasão de armas
A camisa quadriculada em vermelho e branco usada pela seleção de
futebol, e por grande parte da torcida que acompanha os jogos na Rússia a
é inspirada no brasão de armas, composto de 25 quadrados dispostos
alternadamente em vermelho e branco, semelhante a um tabuleiro de
xadrez.
O brasão atual é usado desde 1990, mas o padrão xadrez existe desde o
século 16, quando a Croácia era administrada por um rei. Além disso, o
desenho assemelha-se ao de uma flor encontrada na região, chamada
kockavica.
Futebol
Aqueles que acompanham o futebol, além das partidas da Copa da Rússia,
sabem que a Croácia não chegou à final do torneio por acaso. Vários
jogadores atuam em clubes de ponta do futebol mundial.
O meio-campo croata não é celebrado à toa. Os meias Modric e Rakitic são
titulares no Real Madrid e no Barcelona, respectivamente. O
centroavante Mandzukic, autor do gol da classificação para a final, joga
na Juventus, da Itália. Perisic, autor do primeiro gol do time na
semifinal, joga na Internazionale de Milão. Já os defensores Lovren e
Vrsaljko jogam no Liverpool e Atlético de Madrid, respectivamente.
Esta, no entanto, não é a primeira geração croata a ir longe em uma
Copa. No mundial de 1998, a seleção liderada pelo atacante Davor Suker
só foi parada na semifinal pela França, dona da casa, que seria campeã
daquela Copa.
Nos mundiais seguintes, o país teve participação discreta. Esteve nas
Copas de 2002, 2006 e 2014, mas não avançou às oitavas de final em
nenhuma delas. Pelo retrospecto recente, é possível dizer que a sua
presença na final deste ano é uma surpresa, mas um olhar mais atento
sobre a equipe comandada por Zlatko Dalic mostra que a França deverá ter
muito cuidado, se quiser sair da Rússia com o troféu da Copa do Mundo
na bagagem.
Por Agência Brasil
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