A ação começou por volta das 15h de ontem (9) e durou até o início da noite. Insatisfeitos com a ação, os vendedores queimaram pneus e outros objetos na via.
Vendedores de frutas e verduras que trabalham próximo à caixa d’agua do
bairro Tomba, na estrada que liga Feira de Santana a São Gonçalo,
interditaram mais uma vez os dois sentidos da pista, na manhã desta
terça-feira (10), em protesto contra a retirada das barracas por
prepostos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, juntamente com a
Guarda Municipal.
A ação começou por volta das 15h de ontem (9) e durou até o início da
noite. Insatisfeitos com a ação, os vendedores queimaram pneus e outros
objetos na via, causando um longo congestionamento. Eles ainda dormiram
no local para impedir que as mercadorias fossem levadas durante a
madrugada.
A vendedora Cristiane Paes reclamou da forma como a ação aconteceu. “Eles quebraram nossas barracas, jogaram as coisas por cima da nossa mercadoria, não deixaram nem a gente tirar a mercadoria. São dez pais de família que trabalham aqui de uma ponta a outra, próximo da caixa d’água. É um acostamento, mas a gente não estava empatando. A princípio sim, mas alguns moradores estavam reclamando e a gente recuou”, informou ontem ao Acorda Cidade.
A vendedora Cristiane Paes reclamou da forma como a ação aconteceu. “Eles quebraram nossas barracas, jogaram as coisas por cima da nossa mercadoria, não deixaram nem a gente tirar a mercadoria. São dez pais de família que trabalham aqui de uma ponta a outra, próximo da caixa d’água. É um acostamento, mas a gente não estava empatando. A princípio sim, mas alguns moradores estavam reclamando e a gente recuou”, informou ontem ao Acorda Cidade.
Ela disse ainda que o secretário se reuniu com os barraqueiros e
prometeu que só iria retirar as barracas com a lona ruim. “Mas quando
chegaram aqui quebraram tudo e destruíram as barracas. A gente teve que
dormir aqui, porque eles disseram que iriam levar tudo com o caminhão.”
Os vendedores alegaram também que um dos prepostos os ameaçou com uma
arma e chegou a agredir um menino, que filmou toda a ação com um
celular.
A feirante José Maria Santos, conhecida como Dona Mira, disse que se tornou vendedora de frutas após passar um longo período desempregada.
“Nós estamos aqui há cinco anos, porque antes não tínhamos emprego. Corri atrás de uma porta de emprego, bati na prefeitura, fui em secretaria, procurei vereador, e só diziam que não tinha vaga. Então certo dia, eu botei um sombreiro e isso já tem cinco anos. Agora em cima da hora, eles chegam, um grupo de homens de colete preto, sem ordem judicial, não respeitam nosso direito, chegam arrastando lona, quebrando tudo. A gente só pretende que eles deixem a gente em paz, deixem a gente trabalhar, já estamos há dois dias sem vender e sem saber como vamos pagar as nossas coisas”, reclamou.
A feirante José Maria Santos, conhecida como Dona Mira, disse que se tornou vendedora de frutas após passar um longo período desempregada.
“Nós estamos aqui há cinco anos, porque antes não tínhamos emprego. Corri atrás de uma porta de emprego, bati na prefeitura, fui em secretaria, procurei vereador, e só diziam que não tinha vaga. Então certo dia, eu botei um sombreiro e isso já tem cinco anos. Agora em cima da hora, eles chegam, um grupo de homens de colete preto, sem ordem judicial, não respeitam nosso direito, chegam arrastando lona, quebrando tudo. A gente só pretende que eles deixem a gente em paz, deixem a gente trabalhar, já estamos há dois dias sem vender e sem saber como vamos pagar as nossas coisas”, reclamou.
Já o vendedor Everaldo Paes disse que procurou a Embasa, que negou ter
solicitado a retirada dos ambulantes. Segundo ele, também conversou com a
diretoria do CIS e eles garantiram que não têm nada contra o trabalho
dos vendedores. “Os moradores e comerciantes também não têm nada contra o
nosso trabalho. Os únicos que querem nos prejudicar é a prefeitura. Na
feirinha não tem condições, não tem lugar. E o lugar que ele nos
arranjou para ficar não tem condições porque todo final de semana tem
festa ali”.
O secretário de Turismo, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior, informou ao Acorda Cidade que a ação tem o propósito de relocar os feirantes para a Praça do Tomba, que segundo ele, é o local adequado para o exercício da atividade.
“Nós já tínhamos feito três ou quatro notificações, tivemos três reuniões com essas pessoas, e explicamos que a sua relocação era uma questão de segurança, numa área que é via expressa, e tem a questão de todo o abastecimento da cidade, com uma estrutura da Bahiagás. Mostramos um ofício da Embasa solicitando a retirada desses equipamentos. Nós não buscamos isso de imediato, deixamos passar o período junino, após várias notificações. Demos um prazo de 48 horas, depois nos reunimos e demos mais 72 horas, para que eles pudessem vender os produtos do estoque e não tivessem prejuízo. E informamos que na segunda-feira iriamos fazer a relocação, dando a eles as condições de trabalharem na praça do Tomba, onde já existe um decreto da prefeitura dando possibilidade de ali ser uma feira livre e colocar esses equipamentos”, explicou o secretário.
O secretário de Turismo, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior, informou ao Acorda Cidade que a ação tem o propósito de relocar os feirantes para a Praça do Tomba, que segundo ele, é o local adequado para o exercício da atividade.
“Nós já tínhamos feito três ou quatro notificações, tivemos três reuniões com essas pessoas, e explicamos que a sua relocação era uma questão de segurança, numa área que é via expressa, e tem a questão de todo o abastecimento da cidade, com uma estrutura da Bahiagás. Mostramos um ofício da Embasa solicitando a retirada desses equipamentos. Nós não buscamos isso de imediato, deixamos passar o período junino, após várias notificações. Demos um prazo de 48 horas, depois nos reunimos e demos mais 72 horas, para que eles pudessem vender os produtos do estoque e não tivessem prejuízo. E informamos que na segunda-feira iriamos fazer a relocação, dando a eles as condições de trabalharem na praça do Tomba, onde já existe um decreto da prefeitura dando possibilidade de ali ser uma feira livre e colocar esses equipamentos”, explicou o secretário.
Ainda conforme Borges Júnior, seis feirantes dentre os dez que havia no
local concordaram em sair. No entanto, ele acredita que pessoas de fora
podem ter influenciado a decisão dos demais.
“Nós retiramos os toldos junto com eles e, no final da tarde, depois de terem escolhido o local no Tomba, onde iriam se situar, houve essa movimentação, onde sabemos que há infiltração e influência de terceiros. O fato político existe, mas é necessário que tenha ordenamento público e demos a condição desses feirantes estarem no local adequado, que é a Praça do Tomba, onde tem banheiros. Alguns já escolheram seus locais, três ou quatro ainda estão em dúvida. Descobrimos também que estavam vendendo o uso do solo e alugando espaços. Isso foi comprovado por eles mesmos. Então estamos tomando um posicionamento que é importante para a cidade, senão a gente perde o controle daquela via”, salientou.
O deputado estadual Zé Neto afirmou que a prefeitura não tem assumido um comportamento de diálogo, e que a área da Embasa é do portão para dentro da caixa d’água. “É competência da prefeitura dialogar com os ambulantes e não agir com truculência, como agiram ontem, que queriam até passar o trator”.
Laiane Cruz com informações e fotos dos repórteres Paulo José e Ed Santos do Acorda Cidade.
“Nós retiramos os toldos junto com eles e, no final da tarde, depois de terem escolhido o local no Tomba, onde iriam se situar, houve essa movimentação, onde sabemos que há infiltração e influência de terceiros. O fato político existe, mas é necessário que tenha ordenamento público e demos a condição desses feirantes estarem no local adequado, que é a Praça do Tomba, onde tem banheiros. Alguns já escolheram seus locais, três ou quatro ainda estão em dúvida. Descobrimos também que estavam vendendo o uso do solo e alugando espaços. Isso foi comprovado por eles mesmos. Então estamos tomando um posicionamento que é importante para a cidade, senão a gente perde o controle daquela via”, salientou.
O deputado estadual Zé Neto afirmou que a prefeitura não tem assumido um comportamento de diálogo, e que a área da Embasa é do portão para dentro da caixa d’água. “É competência da prefeitura dialogar com os ambulantes e não agir com truculência, como agiram ontem, que queriam até passar o trator”.
Laiane Cruz com informações e fotos dos repórteres Paulo José e Ed Santos do Acorda Cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ICHU NOTÍCIAS.
Neste espaço é proibido comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Administradores do ICHU NOTÍCIAS pode até retirar, sem prévia notificação, comentários ofensivos e com xingamentos e que não respeitem os critérios impostos neste aviso.