A corrupção, um dos maiores problemas sociais, também foi discutida.
No primeiro debate com os candidatos à presidência da República, ontem
(9), na TV Band, oito presidenciáveis discutiram temas polêmicos, mas
abusaram de ironias e trocadilhos. Entre os temas mais abordados, esteve
o aumento de impostos para a população mais rica, o combate à corrupção
e os investimentos em áreas como saúde e educação.
Ao falarem sobre o sistema tributário, os concorrentes ao Planalto concordaram que o aumento de arrecadação deve vir, em boa parte, de impostos sobre propriedades e baseados na renda dos brasileiros.
A corrupção, um dos maiores problemas sociais, também foi discutida. O
candidato do Podemos, senador Álvaro Dias, declarou que a Operação Lava
Jato é prioridade para retirar facções criminosas de circulação.
Caso seja eleito, Dias disse que vai nomear o juiz federal Sérgio Moro
para ser ministro da Justiça. O candidato ressaltou, também, que o
sistema de governo brasileiro precisa ser refeito.
“Nós queremos institucionalizar a Operação Lava Jato como uma espécie de
nossa Tropa de Elite no combate à corrupção. Cabo eleitoral dos
investimentos, da geração de emprego porque, certamente, nós enviaremos
ao mundo outra imagem. O Brasil voltará a ser sério e os investimentos
que foram expulsos daqui pela corrupção e pela incompetência
retornarão”.
Marina Silva, da Rede, afirmou que as alianças partidárias feitas desde
governos anteriores pensam apenas em tempo de televisão e permanência no
poder. Assim, segundo ela, não há cumprimento das promessas feitas
durante as campanhas.
Ela reafirmou que é contra o teto de gastos que, na em sua visão, impede investimento público em serviços básicos.
“Nós temos um problema que faz com que o nosso país tenha feito uma
medida que congela os investimentos públicos na área de saúde, educação,
segurança pública, infraestrutura por 20 anos. Ou seja, significa que a
saúde como está, a segurança como está, vai ficar congelada”.
Guilherme Boulos utilizou a frase “50 tons de Temer” para caracterizar
as propostas de todos os candidatos que participaram do debate e
diferenciá-lo dizendo que tem “um novo projeto de política”.
Ele disse,
ainda, que a questão do aborto é tema que envolve o Sistema Único de
Saúde (SUS).
“Nós vamos colocar outras políticas para as mulheres, como creche em
tempo integral para as mães que trabalham e estudam, atendimento
especial no SUS para as mulheres, vamos ter políticas que assegurem
igualdade salarial. Ao contrário do que já foi dito aqui (pelo Jair
Bolsonaro), o governo pode e deve garantir que as mulheres ganhem os
mesmos salários”.
Até então desconhecido pela maioria dos eleitores, o candidato do
Patriota, Cabo Daciolo, disse que a violência contra a mulher ocorre por
falta de "amor ao próximo". Ao ser questionado sobre a greve dos
caminhoneiros, Daciolo respondeu que o problema da categoria não foi
resolvido, e que, se eleito, diminuiria pela metade o valor do
combustível. Nos últimos minutos de discurso, o candidato leu um
versículo bíblico e repetiu várias vezes a frase "em nome do Senhor
Jesus".
“É claro que automaticamente eu abaixo o combustível em 50% porque nós
temos 18 refinarias. Eu vou investir nas refinarias e nós vamos
transformar o petróleo bruto em diesel, gasolina, gás, e vamos oxigenar o
nosso país e empregar”.
Os presidenciáveis Henrique Meirelles, Ciro Gomes, Jair Bolsonaro e
Geraldo Alckmin também participaram do debate. No quinto e último bloco,
os candidatos tiveram um minuto e meio para considerações finais. Os
concorrentes ao Planalto voltam a se encontrar na televisão para novo
debate no dia 17 de agosto, às dez horas da noite, na RedeTV.
Do Acorda Cidade
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