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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Sindicalismo investe na juventude para se fortalecer

Empoderamente de jovens dirigentes e investimento em cursos de capacitação voltados para esse público são algumas das armas de sindicatos para repassar seus ideias às próximas gerações     
O último domingo (12/08) marcou o Dia Internacional da Juventude, público que sempre foi alvo de investimento e capacitação em grandes empresas. Entre sindicatos de trabalhadores, essa ideia também começa a tomar forma, com treinamentos e congressos focados na captação de novos talentos dentro do movimento sindical. Entre as entidades nacionais, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (CONTRATUH), secretarias da juventude já são uma realidade e envolvem cada vez mais esse nicho da população brasileira, entre 15 e 29 anos.

Jessica Marques tem 26 anos e está no sindicalismo há uma década. A mineira, de Belo Horizonte, é advogada sindical, mas conta que o convite para atuar foi ainda como estagiária, abrindo as portas para a carreira no sindicalismo. “Eu escolhi fazer direito e comecei trabalhando para entidade sindical. Fui convidada por um amigo da família, que viu em mim um perfil que combinava com os ideias da classe”, afirma a sindicalista, que acumula os cargos de diretora na CONTRATUH e na Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) desde 2014. 
Jessica Marques (terceira, da esq. para dir.), 26 anos, participa de evento sindical internacional, no Uruguai
“As coisas foram acontecendo, enquanto eu advogava e militava, até que veio convite pra levar a nossa experiência de trabalho de engajamento e aproximação com a juventude e os trabalhadores representados por nós para outros estados, num modelo mais moderno de gestão sindical inclusiva e participativa, com outros atores dos movimentos sociais e fóruns de participação envolvidos”, conta Marques.

Para a militante, o movimento sindical ainda tem dificuldade de trazer os jovens, pois muito da tomada de decisão ainda vem de diretores mais velhos. “Falar de jovem pra jovem é outra papo, mais direto. Por isso investimos em projetos de qualificação, oficinas da juventude e todo o tipo de ferramenta de interação e aproximação com esse público”, completa.

Investir na juventude é o único caminho
Para Moacyr Auersvald, presidente da CONTRATUH e diretor da NCST, investir nos jovens é o único caminho para a sobrevivência do sindicalismo no mundo. “Há uma preocupação em repassar o bastão para os mais jovens, pois por muitas vezes subestimamos seu poder de liderança e de tomar decisões, o que é um erro. A Jessica, companheira de sindicato, é a prova viva da necessidade de oxigenarmos o sindicalismo com novas ideias”, avalia.

“O sindicato é um movimento social, que precisa se aproximar de toda a população. E os jovens estão em outro ritmo, com novas tecnologias para se comunicar e até mesmo procurar emprego e mudanças de carreira. Estamos de olho nessas mudanças, para que a defesa dos direitos de toda a classe trabalhadora sejam repassados para as próximas gerações”, completa Auersvald.

 Assessoria CONTRATUH

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