A Polícia Civil em Nova Fátima concluiu na última terça-feira, 18, a
investigação sobre o furto de folhas de cheques da Câmara de Vereadores
de Nova Fátima. O inquérito policial foi instaurado a partir da
ocorrência registrada pelo próprio presidente da Câmara local, Josenaldo
de Oliveira Porto (DEM), que informou o sumiço das folhas do talonário,
bem como indicou o suspeito do fato, José Paulo Alves Silva, conhecido
por “Zé Paulo”, solicitando a apuração do fato.
Delegacia de Nova Fátima |
De acordo com o
delegado titular Igor Spock, na investigação, 10 pessoas foram ouvidas,
entre vítimas, testemunhas e o próprio indiciado, tendo ainda sido
requisitados exames periciais nas folhas de cheques apreendidas e
juntados documentos obtidos junto à rede bancária. A apuração demonstrou
que, além de furtar 07 folhas de cheque, no início do mês de junho
deste ano, José Paulo preencheu três delas em valores que, somados,
chegaram a R$ 6.054,26. Duas folhas foram repassadas a terceiros em Nova
Fátima, sendo que uma chegou a ser depositada na rede bancária e outra
foi apreendida pela Polícia Civil em cumprimento de mandado de busca e
apreensão domiciliar.
Ainda segundo o delegado, para convencer as vítimas da validade do
cheque, José Paulo teria falsificado as assinaturas do presidente da
Câmara e da tesoureira, tendo os dois servidores públicos se submetido a
exames grafotécnicos para comprovar que as assinaturas não eram deles.
José Paulo era motorista particular do presidente da Câmara e se
aproveitou desta situação para praticar os crimes, sem seu conhecimento.
“Ouvidas todas as vítimas e testemunhas e colhidas as demais provas, não há qualquer indício da participação de outras pessoas nos crimes, sejam servidores públicos ou não. Ao que tudo indica, José Paulo agiu sozinho, motivado por dificuldades financeiras, como ele mesmo confessou. Considerando que o indiciado reconheceu seu erro e não criou qualquer dificuldade para as investigações, não foi pedida a prisão preventiva dele, pelo que ele deve responder ao processo em liberdade” afirmou o delegado.
José Paulo foi indiciado pelos crimes de furto qualificado por abuso de confiança, estelionato e falsificação de documento equiparado a documento público, em alguns casos mais de uma vez. Se condenado na forma do indiciamento, poderá pegar penas de 8 anos e 8 meses (mínimo) a 28 anos (máximo) de reclusão e multa.
Do CN / Fonte: Polícia Civil
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