O fenômeno das notícias falsas vem marcando as eleições deste ano. A missão internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou preocupação com o fenômeno da desinformação durante o 1º turno.
O WhatsApp está tomando medidas contra empresas que atuam com envio
em massa de mensagens com conteúdos falsos ou enganosos. A informação
foi repassada hoje (19) à Agência Brasil pela assessoria da empresa.
Ontem (18), o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem segundo a
qual empresas de marketing digital custeadas por empresários estariam
disseminando conteúdo em milhares de grupos do aplicativo.
De acordo com a nota da empresa, o WhatsApp está “tomando medidas
legais imediatas para impedir empresas de enviar mensagens em massa via
WhatsApp”. A companhia também informou que baniu contas associadas a
estas empresas.
No comunicado, a assessoria da empresa informou que foram canceladas
também “centenas de milhares de contas durante o período das eleições no
Brasil”. “Temos tecnologia de ponta para detecção de spam que
identifica contas com comportamento anormal para que não possam ser
usadas para espalhar spam ou desinformação”, acrescentou a nota.
A reportagem da Folha de S. Paulo apontou uma rede de empresas de
marketing digital contratadas para efetuar os disparos em massa. Os
contratos, que chegariam até R$ 12 milhões, seriam bancados por
empresários próximos ao candidato, como Luciano Hang, da rede de varejo
catarinense Havan.
Ações
Ontem (18), o PT entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) cobrando apuração do ocorrido. Além de investigação dos
empresários e de seu vínculo com a candidatura Bolsonaro, o partido
requereu que a Justiça Eleitoral dê ao WhatsApp 24 horas para promover
um plano de contingência que bloqueie o envio das mensagens em massa
pelas firmas de comunicação digital citadas na reportagem.
Pelo Twitter, Jair Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre
apoios voluntários e afirmou que o PT não está sendo prejudicado por
“fake news”, mas pela “verdade”. Em seu perfil no Facebook, Luciano Hang
disse que vai processar a Folha de S. Paulo e desafiou o jornal a
mostrar os contratos de envio de mensagens em massa.
Preocupação
O fenômeno das notícias falsas vem marcando as eleições deste ano. A missão internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou preocupação com o fenômeno da desinformação durante o 1º turno. No balanço da votação do 1º turno, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, também alertou para o problema, em especial vídeos e mensagens colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral.
O fenômeno das notícias falsas vem marcando as eleições deste ano. A missão internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou preocupação com o fenômeno da desinformação durante o 1º turno. No balanço da votação do 1º turno, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, também alertou para o problema, em especial vídeos e mensagens colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral.
A rede social WhatsApp tem sido o foco de maior preocupação. Estudo
de professores da USP e UFMG e Agência Lupa em 347 grupos na plataforma
encontrou entre as imagens mais compartilhadas um índice de apenas 8% de
caráter verdadeiro.
Agência Brasil
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