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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Vídeo: médicos e pacientes se divertem com desafio da 'pisadinha' em Feira de Santana

Postagem já tem 20 milhões visualizações no Facebook.
Encarar uma rotina de horas sentado em uma cadeira de ambulatório, por três ou quatro dias da semana, não é nada fácil para quem faz hemodiálise. Para tentar tornar essa luta um pouco mais fácil, a equipe da Clínica Senhor do Bonfim (CSB), em Feira de Santana, resolveu apostar em brincadeira e muita dança.

Em um vídeo realizado na unidade que atende convênios - o CSB também recebe pacientes pelo Sistema único de Saúde (SUS) em outro prédio - que viralizou na internet, médicos, enfermeiros e pacientes se divertem e dançam ao som da música Guitarrinha (Solta a Pisadinha), música que faz sucesso nas redes sociais pela coreografia coletiva. A ideia surgiu após o Hospital do Rim, em Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, fazer uma gravação no mesmo estilo.

“Nós vimos nas redes sociais um desafio no Nordeste dessa pisadinha e os pacientes gostaram. Eles sugeriram que a gente fizesse e nós acatamos. Eles passam muitas horas na máquina de hemodiálise, então a gente também quis trabalhar esse tempo ocioso, trazer alegria para eles. É humanização, é bom para amenizar o psicológico deles. Ficamos muito surpresos com a repercussão nas redes sociais”, conta Juliana Borges, assistente social do setor de hemodiálise do CSB.

O vídeo foi gravado na quinta-feira passada (1º) e já chegou a 121 mil visualizações no perfil oficial da clínica no Facebook. Um outro internauta, desconhecido pela equipe da clínica, também compartilhou o vídeo e, até a noite desta segunda-feira (5), já ultrapassou  20 milhões de visualizações, além de 372 mil compartilhamentos e 15 mil comentários. Usuários de países como Espanha, Itália e Arábia Saudita comentaram no perfil.

“Faço hemodiálise há 18 anos e foi muito bom. Aqui tem tantas pessoas que enfrentam esse problema e chegam aqui sem alegria nenhuma, sabe? Isso dá um ânimo”, conta.

A paciente, que sofre de refluxo vesicoureteral - condição anormal onde a urina, que vem dos rins e segue pelos ureteres até a bexiga, retorna para os ureteres -, se submete ao procedimento quatro vezes na semana, durante três horas.
Foto: Acervo Pessoal
“Já fiz dois transplantes que não deram certo e estou na luta de novo. É difícil, mas não pode desanimar. Venho toda maquiada, me arrumo e procuro sempre motivar outras pessoas, porque isso é muito importante em qualquer tratamento. Precisamos de amor, de carinho”, explica ela, que escreve um diário sobre a doença no blog Cara de Hoje.

Ela passou pelo primeiro transplante aos 13 anos, no Hospital Português, em Salvador, mas sua imunidade baixou e o rim parou de funcionar. O segundo foi no ano passado, no Hospital Samaritano, em São Paulo, mas uma trombose durante a cirurgia prejudicou a adaptação do órgão.
 
Fonte: Correio 24h

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