Ele destacou que o débito do estado com a previdência saltou de 360 milhões para 4,08 bilhões.
O deputado Zé Neto (PT) líder do governo na Assembleia Legislativa
comentou em entrevista ao Acorda Cidade sobre algumas medidas da reforma
administrativa do governo do estado para organização fiscal, corte de
despesas e adequações orçamentárias. Ele alegou que a Bahia é o segundo
melhor estado do Brasil em organização fiscal, perdendo apenas para
Santa Cataria em relação às dividas e com uma receita corrente líquida
anual de 0,60.
Segundo o deputado, alguns ajustes foram feitos no estado e hoje a
Bahia, tem uma dívida enxuta. É o terceiro estado do Brasil em volume de
recursos investidos na infraestrutura, proporcionalmente só perde para
São Paulo e Rio de Janeiro.
“Proporcionalmente somos o primeiro e quando a gente coloca a relação
com o nosso orçamento, já que os orçamentos de Rio e de São Paulo são
bem maiores e a gente então acaba sendo o primeiro estado do Brasil em
orçamento per capta de infraestrutura. Fazendo com que esse dinheiro
seja investido no mercado. Nós estamos pagando salários em dia e o
décimo terceiro em dia. Cerca de 14 estados ou não pagaram salários, ou
não pagaram décimo terceiro, ou não pagaram os dois em dia. Tem estados
aí que estão até hoje com problemas com pagamento de 13º durante o ano. A
gente tem que ter o cuidado de dizer ao servidor que é um chá amargo,
mas a gente não tem outra saída. O débito saiu de 360 milhões em 2006 e
teve um crescimento de 4,08 bilhões. Temos que fazer frente com o
aumento de impostos”, explicou.
Zé Neto declarou que essas atitudes do governo, como o reajuste da
contribuição previdenciária dos servidores, por exemplo, são formas de
“arrumar a casa” e fazer com que o dinheiro sobre para continuar pagando
em dias os aposentados e os funcionários públicos. “Diga-se de
passagem, que tanto funcionário, como aposentado, vão todos para a mesma
conta que é a conta de pessoal. O governador Rui Costa, com muita
responsabilidade e coragem e está tomando medidas que vão pelo menos nos
dar condição de dar outros passos”, frisou o deputado em entrevista ao
Acorda Cidade.
Para ele, a extinção de órgãos, diminuição de empresas no estado,
diminuição de cargos de confiança ajudam a enxugar os gastos e a buscar
caminhos para solucionar os débitos do orçamento que estão previstos
para acontecer em 2022.
“Teremos aí 8 bilhões de débito de orçamento para a previdência
social e a gente tem que trabalhar. O governador Rui está trabalhando e
os servidores podem ter certeza que o que nós não queremos é que
aconteça, o que aconteceu em vários estados que não estão conseguindo
pagar as aposentadorias, décimos terceiros e outros encargos”, destacou.
Corte de 50% do repasse para o Planserv
Questionado sobre o corte de 50% do repasse para o Planserv, o
deputado salientou que o estado buscando modernizar e fazer aportes
extras no Plansev. Melhorando a estrutura e a gestão do plano dos
servidores.
“O Planserv é o maior e o mais estruturado plano. Roda com 1,5
bilhões por ano para 500 mil vidas e o governo todo gasta para a Bahia
inteira em torno de 5.4 bilhões para toda a saúde do estado. Só para o
Planserv, para 500 mil vidas, é um investimento do servidor e do estado
da ordem 1,5 bilhões. Não tem lucro, o valor é todo revertido no próprio
Planserv. Hoje é um plano que ninguém quer perder. Antes do governo
assumir estávamos fadados à extinção e com muitos débitos, muita gente
querendo sair e hoje somos um plano fortalecido. O estado está
melhorando, modernizando, criando mais mecanismos de prevenção para que a
gente possa ter um Planserv olhando para a saúde do seu servidor,
evitando gastos desnecessários. Tenho certeza que isso vai fortalecer o
Planserv. Esse é o nosso objetivo”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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