O principal motivo do tumulto foi as regras da eleição. O 'bate chapa' em si não levaria o adiamento.
Proposta de anular uma chapa culminou em tudo isso |
Um tumulto iniciado por divergências nos critérios que deveriam ser
utilizados no processo eleitoral, provocou o adiamento da eleição do
Consórcio Jacuípe na manhã desta quarta-feira, dia 19, na cidade de
Capela do Alto do Alegre.
O consórcio formado por 16 municípios, havia convocado a eleição
durante uma assembleia no dia 06 de dezembro onde ficou estabelecida
esta data, tendo comparecido 15, dos 16 prefeitos aptos a votarem no
pleito que aconteceria no auditório da Secretaria de Assistência Social
de Capela.
Sentados só até o presidente eleitoral falar do critério de desempate | Foto: Teones Araújo |
Tudo começou quando o secretário executivo do consórcio Erivan
Santos, que presidia processo eleitoral questionou sobre a hipótese de
um possível empate, ganharia o mais velho na idade. Isto foi o
suficiente para abrir amplo debate que terminaria de forma acirrada.
O clima foi ficando mais tenso com a apresentação de duas chapas,
sendo a chapa 01 encabeçada pelo prefeito de Capela do Alto Alegre, que
pleiteava a reeleição, Claudinei Xavier Novato (PCdoB) contando também o
prefeito Erismar Almeida Souza (PV) São José do Jacuípe, e Rogério
Serafim Vieira de Sousa, mais conhecido como Aldinho (PTN) de Serra
Preta.
Dr Nei (E) tentava a reeleição | Foto: Teones Araújo |
A oposição apresentou a chapa 02 formada pelos prefeitos: João Batista
Ferreira, conhecido por Batista de Farmácia (de Pintadas), Antonio
Joilson Carneiro (Pé de Serra), e Marcelo Antonio Santos Brandão (Ipirá)
todos do Democratas. Este último não estava presente e a norma
estatutária determinava que, caso, um dos integrantes da chapa não
estivesse presente no ato seria impugnada, e essa situação foi colocada
pelo presidente da eleição Erivan Santos, iniciando um grande bate boca
entre os dois grupos de prefeitos.
Batista da Farmácia (camisa laranja) encabeçaria a chapa de oposição | Foto: Teones Araújo |
A situação ficou mais tensa quando o prefeito de Riachão do Jacuípe,
José Ramiro Filho (PSD), usou da palavra propondo que a questão fosse
colocada para o plenário decidir e a proposta foi negada por Ervian.
Irritado e com o tom de voz alto, Zé Filho pediu que Erivan fosse
retirado da coordenação da eleição e se retirou do auditório
acompanhando dos prefeitos de Gavião, Raul Soares Moura (PSD)
“Rauzinho”, de Várzea da Roça Lourivaldo Souza Filho (PSD) “Loury”, Nova
Fátima, Adriano Pereira (PP), Baixa Grande, Heraldo Alves Miranda
(MDB), Pé de Serra, Antonio Josilson (DEM), Pintadas, Batista da
Farmácia (DEM) e o vice-prefeito de Quixabeira, Edinaldo Oliveira Rios
(SD) “Dinho do Piloto”.
Prefeito de Riachão do Jacuípe, Zé Filho um dos mais
exaltados até deixou o
ambiente, mas depois retornou | Foto: Teones Araújo
|
Mesmo com a saída destes prefeitos, a eleição prosseguiu e os prefeitos
Erismar, José Bonifácio Pereira (PT) “Jobope” de Mairi, Aldinho, e
prefeita de Capim Grosso, Lydia Fontoura Pinheiro (PSD), depositaram o
voto na urna e antes de concluir a votação, os oito que haviam deixado o
local retornaram, reiniciando o tumulto que obrigou o presidente
suspender a votação.
Zé Filho (centro) não estava inscrito em
nenhuma chapa e garante que sua bronca
era a forma como estava sendo conduzida a
eleição | Foto: Teones Araújo
|
Com os ânimos alterados, os prefeitos não entendiam sobre as normas
para o pleito continuar. Depois de muito tempo neste clima, foram
retiradas do auditório as pessoas que assistiam ao ato e imprensa e
durante quase duas horas eles discutiram o assunto e no final decidiram
suspender a eleição e realizar uma assembléia no dia 15 de janeiro para
estabelecer as normas eleitorais da próxima eleição, cuja data será
definida neste dia.
Foto: Teones Araújo |
Já o Consórcio do Sisal que também realizaria eleição na cidade de
Tucano na terça-feira, 18, não aconteceu por falta de prefeitos. O
Consórcio tem 20, mas só compareceram 10. Veja
Redação CN
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