O ex-juiz e futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, disse lamentar o
fato de ter sido o autor da sentença que condenou o ex-presidente Lula.
"Da minha parte nada tenho contra o ex-presidente. Acho até lamentável
que eu, infelizmente, tenha sido o autor da decisão que condenou uma
figura pública que tem a sua popularidade e que fez até coisas boas
durante sua gestão, mas também erradas", afirmou durante entrevista ao
apresentador José Luiz Datena no programa Brasil Urgente, da TV
Bandeirantes.
"Isso no fundo não é um bônus para mim, é um ônus. Mas o fiz cumprindo o
meu dever.", completou o ex-juiz. Lula foi condenado por Moro, em julho
de 2017, a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção e
lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). Em janeiro deste
ano, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) aumentou a pena
para 12 anos e um mês de detenção. Depois de negados os recursos da
defesa, Moro determinou a prisão do petista. Lula se entregou à Polícia
Federal em 7 de abril e continua preso na Superintendência da PF, em
Curitiba.
A defesa de Lula já entrou com vários de liberdade junto ao STF (Supremo
Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça) alegando atuação
política de Moro no julgamento do ex-presidente. Um dos recursos teve
análise suspensa pela Segunda Turma do Supremo, no último dia 4, e não
tem data para ser retomado.
O ex-juiz negou perseguição a um determinado grupo político e afirmou
que a Lava Jato atingiu representantes de diferentes partidos. "Essa
alegação de que a Justiça foi parcial nesses casos ignora que por
desdobramento da Lava Jato vários outros personagens políticos da
oposição também respondem a investigações e acusações sérias perante
outros fóruns".
Moro diz que aceitou o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para assumir a pasta da Justiça com o objetivo de realizar um bom trabalho no combate à corrupção e à violência. E que tal atividade, mesmo com elementos políticos, é diferente da política ligada aos partidos. "Não me vejo ingressando na política partidária, sem nenhum demérito aos que ingressaram. Na minha visão ainda sou um técnico que está indo para uma posição que tem um encargo político, mas para fazer um trabalho específico", afirmou Moro. A entrevista teve tom de conversa entre amigos, com vários elogios de Datena ao futuro ministro. O apresentou se referiu a Moro como um homem "corajoso" e que "não vive um personagem".
Moro diz que aceitou o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para assumir a pasta da Justiça com o objetivo de realizar um bom trabalho no combate à corrupção e à violência. E que tal atividade, mesmo com elementos políticos, é diferente da política ligada aos partidos. "Não me vejo ingressando na política partidária, sem nenhum demérito aos que ingressaram. Na minha visão ainda sou um técnico que está indo para uma posição que tem um encargo político, mas para fazer um trabalho específico", afirmou Moro. A entrevista teve tom de conversa entre amigos, com vários elogios de Datena ao futuro ministro. O apresentou se referiu a Moro como um homem "corajoso" e que "não vive um personagem".
Do Portal Cleriston Silva PCS
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