O presidente do Vitória, Ricardo David, rebateu as declarações de Escudero (relembre aqui).
Em carta, o atleta afirmou que foi tratado como “moleque” e classificou
as negociações como “amadoras”. De acordo com o mandatário rubro-negro,
o argentino foi diagnosticado com uma hérnia de disco durante a sua
apresentação e isso atrasou o protocolo de transição.
“Não faltou esforço para contratar Escudero. As negociações
começaram em dezembro. Fomos procurados por Rafael Carvalho, um dos
empresários de Escudero. Ele colocou o jogador como possibilidade.
Analisamos com cuidado, pois Escudero tinha um ano e três meses sem
jogador. Confiando no profissional, fizemos na época um contrato de
parcela menor e de produtividade, o que não foi aceito. Em fevereiro, me
procuraram para conversar sobre o tema. O empresário me mostrou que
Escudero estava bem fisicamente, e que tinha interesse em jogar. Que se a
proposta de dezembro fosse mantida, Escudero teria o interesse. Aí eu
fiz a proposta para que ele passasse 30 dias fazendo uma espécie de
pré-temporada, como qualquer atleta faz, pois a temporada dele ia
começar naquele período. Ele aceitou. Aí cumprimos os protocolos e o
departamento médico constatou uma hérnia de disco, onde ele ficou
desabilitado para iniciar esse processo de transição por 15 dias.
Optamos por tratá-lo e, após o tratamento por 14 dias, o DM colocou ele
como apto e iniciou a fase de fortalecimento muscular com Lucas Penha
[auxiliar da preparação física] e também o ganho de massa magra. E
começamos o protocolo com atraso de 15 dias”, disse Ricardo David, em
entrevista ao Bahia Notícias.
Segundo Ricardo David, os problemas nas negociações começaram
a surgir quando Escudero completou 30 dias no CT Manoel Pontes
Tanajura. A partir da última segunda-feira (1º) novos empecilhos
surgiram, como um pedido de luvas.
“Fui procurado por Rafael Carvalho quando deu 30 dias. Ele me
cobrou uma posição. Eu disse que pelo fato dele chegar com uma lesão,
esse protocolo de transição ficou atrasado em 15 dias e que a gente
precisava de um tempo maior. O próprio Tencati queria observá-lo melhor
em um coletivo. Não para fazer uma avaliação, mas para ver como ele se
encaixava no estilo de jogo e tal. Escudero participou e foi bem. E
iniciamos na segunda-feira as tratativas finais para assinatura do
contrato. Foram apresentadas a Escudero as mesmas condições. Um valor
fixo e um por produtividade. Houve uma reivindicação para que todo o
salário fosse na carteira, mas nosso padrão é uma parte em imagem
também, pois precisamos explorar a imagem do jogador. Nos reunimos na
terça e chegamos a um consenso que seria uma parte na carteira, outra
imagem e outra por produtividade. No dia de ontem, surgiu um pleito de
Escudero. A necessidade uma luva. Não tinha em momento nenhum no
contrato. Considerando a importância de Escudero, autorizei o marketing a
buscar um patrocínio pontual e repassar para Escudero. Fizemos
esforços, mas não tivemos nenhuma resposta positiva em razão do curto
espaço de tempo. Prometemos a Escudero que iríamos continuar buscando o
patrocínio pontual. E além disso, surgiu mais um problema. Escudero
perdeu a carteira de trabalho, a gente precisava disso para registrar o
contrato. Pedi para ele chegar hoje mais cedo para poder agilizar uma
segunda via do documento e assinar o contrato. Para minha surpresa, ele
quando apareceu alegou que tinha acerto diferente com os empresários.
Então os agentes abriram mão da comissão e repassou como uma espécie de
adiantamento. Vi uma falta de entendimento entre seu empresário e
Escudero. Voltei a conversar com todas as partes e não tive sucesso”,
relatou.
O mandatário rubro-negro ainda falou que foi surpreendido com
a nota publicada por Escudero. “De forma unilateral ele encerrou as
negociações e tomei um susto quando vi a nota publicada por ele nas
redes sociais. Ele disse que o clube mudou a proposta e isso não
aconteceu. Até mudou, pois nos propusemos a oferecer mais. A gente
lamenta, mas o Vitória é maior que todo mundo. A gente não ia fazer um
contrato maravilhoso para um jogador que tem quase um ano e seis meses
sem jogar. Vida que segue”, finalizou.
Por Glauber Guerra / Bahia Notícias
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