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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Presidente do Vitória rebate Escudero: 'Não faltou esforço para contratá-lo'

O presidente do Vitória, Ricardo David, rebateu as declarações de Escudero (relembre aqui). Em carta, o atleta afirmou que foi tratado como “moleque” e classificou as negociações como “amadoras”. De acordo com o mandatário rubro-negro, o argentino foi diagnosticado com uma hérnia de disco durante a sua apresentação e isso atrasou o protocolo de transição.
“Não faltou esforço para contratar Escudero. As negociações começaram em dezembro. Fomos procurados por Rafael Carvalho, um dos empresários de Escudero. Ele colocou o jogador como possibilidade. Analisamos com cuidado, pois Escudero tinha um ano e três meses sem jogador. Confiando no profissional, fizemos na época um contrato de parcela menor e de produtividade, o que não foi aceito. Em fevereiro, me procuraram para conversar sobre o tema. O empresário me mostrou que Escudero estava bem fisicamente, e que tinha interesse em jogar. Que se a proposta de dezembro fosse mantida, Escudero teria o interesse. Aí eu fiz a proposta para que ele passasse 30 dias fazendo uma espécie de pré-temporada, como qualquer atleta faz, pois a temporada dele ia começar naquele período. Ele aceitou. Aí cumprimos os protocolos e o departamento médico constatou uma hérnia de disco, onde ele ficou desabilitado para iniciar esse processo de transição por 15 dias. Optamos por tratá-lo e, após o tratamento por 14 dias, o DM colocou ele como apto e iniciou a fase de fortalecimento muscular com Lucas Penha [auxiliar da preparação física] e também o ganho de massa magra. E começamos o protocolo com atraso de 15 dias”, disse Ricardo David, em entrevista ao Bahia Notícias.

Segundo Ricardo David, os problemas nas negociações começaram a surgir quando Escudero completou 30 dias no CT Manoel Pontes Tanajura. A partir da última segunda-feira (1º) novos empecilhos surgiram, como um pedido de luvas.

“Fui procurado por Rafael Carvalho quando deu 30 dias. Ele me cobrou uma posição. Eu disse que pelo fato dele chegar com uma lesão, esse protocolo de transição ficou atrasado em 15 dias e que a gente precisava de um tempo maior. O próprio Tencati queria observá-lo melhor em um coletivo. Não para fazer uma avaliação, mas para ver como ele se encaixava no estilo de jogo e tal. Escudero participou e foi bem. E iniciamos na segunda-feira as tratativas finais para assinatura do contrato. Foram apresentadas a Escudero as mesmas condições. Um valor fixo e um por produtividade. Houve uma reivindicação para que todo o salário fosse na carteira, mas nosso padrão é uma parte em imagem também, pois precisamos explorar a imagem do jogador. Nos reunimos na terça e chegamos a um consenso que seria uma parte na carteira, outra imagem e outra por produtividade. No dia de ontem, surgiu um pleito de Escudero. A necessidade uma luva. Não tinha em momento nenhum no contrato. Considerando a importância de Escudero, autorizei o marketing a buscar um patrocínio pontual e repassar para Escudero. Fizemos esforços, mas não tivemos nenhuma resposta positiva em razão do curto espaço de tempo. Prometemos a Escudero que iríamos continuar buscando o patrocínio pontual. E além disso, surgiu mais um problema. Escudero perdeu a carteira de trabalho, a gente precisava disso para registrar o contrato. Pedi para ele chegar hoje mais cedo para poder agilizar uma segunda via do documento e assinar o contrato. Para minha surpresa, ele quando apareceu alegou que tinha acerto diferente com os empresários. Então os agentes abriram mão da comissão e repassou como uma espécie de adiantamento. Vi uma falta de entendimento entre seu empresário e Escudero. Voltei a conversar com todas as partes e não tive sucesso”, relatou.

O mandatário rubro-negro ainda falou que foi surpreendido com a nota publicada por Escudero. “De forma unilateral ele encerrou as negociações e tomei um susto quando vi a nota publicada por ele nas redes sociais. Ele disse que o clube mudou a proposta e isso não aconteceu. Até mudou, pois nos propusemos a oferecer mais. A gente lamenta, mas o Vitória é maior que todo mundo. A gente não ia fazer um contrato maravilhoso para um jogador que tem quase um ano e seis meses sem jogar. Vida que segue”, finalizou.

Por Glauber Guerra / Bahia Notícias

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