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terça-feira, 2 de abril de 2019

Recuo de Bolsonaro frustra Israel, irrita evangélicos e revolta árabes

“Como esperar um filé mignon e receber uma carne de segunda”. A metáfora foi usada por um fiel evangélico irritado com o anúncio de Jair Bolsonaro de que o Brasil abrirá um escritório comercial, e não uma embaixada, em Jerusalém.
Jair Bolsonaro em pose de ‘estadista’ na viagem a Israel
Como ele, outros evangélicos apelaram às redes sociais para expressar insatisfação com o que consideram uma “esmola”.  O deputado e pastor Marco Feliciano (Pode-SP) postou: “Respeito a abertura do escritório, porém o segmento evangélico, um terço do eleitorado brasileiro, que deu uma vantagem de 11 milhões de votos ao Bolsonaro, confia que ele cumprirá sua palavra e em breve mudará a embaixada brasileira para Jerusalém”.

Evangélicos argumentam que Jesus – judeu, como seus apóstolos – teria vindo à Terra para redimir a nação eleita por Deus. Veem, portanto, seguidores da Torá como herdeiros de direito da cidade hoje repartida entre um lado ocidental e outro oriental (com mais palestinos).

Por outro lado, embaixadores de países árabes no Brasil pediram formalmente uma reunião com o presidente Bolsonaro e com o chanceler Ernesto Araújo quando a comitiva brasileira voltar da visita a Israel. 

Informações do jornal O Tempo / Foto: Reprodução Instagram

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