quarta-feira, 3 de julho de 2019

ICHU-ACS participam do XXXI Congresso Brasileiro de Genética Médica em Salvador-Bahia.

Os ACS (Agentes Comunitários de Saúde) de Ichu Bahia, participaram na última segunda-feira, 01de julho de 2019, do XXXI primeiro Congresso Brasileiro de Genética  Médica  na capital baiana Salvador. A cidade de Salvador foi eleita para este evento por estar comemorando 50 anos da fundação do Serviço de Genética Médica (SGM) do Complexo Hospitalar Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia.

Na abertura do evento aberto aos ACS, Vários especialistas relacionados à genética médica falaram sobre doenças genéticas, deficiência intelectual, erros inatos no metabolismo, deficiência auditiva e as causas de um câncer esporádico e hereditário.

Dra Angelina Acosta, professora titular do departamento de Pediatria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) trouxe as doenças genéticas que são causadas por alterações em genes ou cromossomos habitualmente presentes antes do nascimento. Ela destacou a importância de se fazer o acompanhamento gestacional através do pré-natal como também o teste do pezinho. Angelina  reforçou também que é importante orientar os pacientes e familiares fornecendo informações e apoio para as famílias em risco, permitindo que estes compreendam o diagnóstico, o curso provável da doença e as medidas de controle existentes além dos riscos de recorrência entre os familiares quando há uma confirmação de algum defeito congênito.

A psicóloga Aruanã Fontes, destacou a deficiência intelectual e que pode ser provocada por doenças genéticas, doenças do metabolismo, intercorrências na gravidez e no parto e doenças neurológicas. O diagnóstico é dado por profissionais de saúde capacitados para avaliação do desenvolvimento neuro-psicomotor e só pode ser fornecido a partir dos 7 anos. Antes dessa idade é considerado atraso no desenvolvimento. Aruanã trouxe como sinais e sintomas de atraso intelectual, a demora no atraso de aprendizagem mesmo com informações mais simples, a dificuldade para compreender o que os outros falam e geralmente o atraso escolar. Segundo ela, pessoas com atraso adaptativo demoram e tem dificuldade para aprender a realizar as atividades do dia a dia sozinho como comer, se vestir, escovar os dentes,etc.

Drª Paula Correia, Biomédica do serviço de Genética Médica da Universidade Federal da Bahia falou sobre os erros inatos no metabolismo que são distúrbios metabólicos  produzindo uma alteração no metabolismo celular com comprometimento do funcionamento do corpo prejudicando seriamente a saúde. Estes são hereditários ou seja podem passar de pais para filhos. Suas manifestações podem surgir em qualquer momento da vida desde o período intra-uterino até a terceira idade. Paula destacou que a pessoa com suspeita de erro inato no metabolismo deve ser encaminhada para o médico geneticista onde o  diagnóstico é feito com avaliação pelo médico e com testes laboratoriais específicos.


Dra Thaisa Machado Lopes, Bióloga do laboratório de imunologia e Biologia Molecular da UFBA, falou sobre a deficiência auditiva como um funcionamento anormal do sistema auditivo podendo ou não ser percebida pelo indivíduo. Segundo ela, cada pessoa pode ter deficiência auditiva por uma causa diferente podendo ser genética mesmo que não haja outros familiares com esta condição em outros indivíduos. A causa pode ser ambiental ou   de causa multifatorial genético e ambiental. É importante lembrar que nos casos de deficiência auditiva de causa genética algumas pessoas podem apresentar somente deficiência auditiva enquanto os outros podem apresentar outras características associadas como alterações cardíacas alterações em Faces etc. Avaliação com fonoaudiólogo e otorrinolaringologista é fundamental para confirmar e avaliar a causa da deficiência auditiva. Importante também é investigar outros casos na família e havendo suspeita de ser genético, realizar exames específicos indicado pelo especialista onde o tratamento vai depender da causa.

Drª Poliana Oliveira, professora de Bioquímica da UNEB trouxe o câncer  como o conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento de células devido à ocorrência de mutações genéticas ou seja de uma alteração do DNA da célula que passa a receber instruções erradas para suas atividades. O estilo de vida pode contribuir para a sua ocorrência entre eles o hábito de fumar, uso de álcool, sedentarismo, exposição ao sol, infecções virais entre outros. Essa é uma doença muito frequente na população no Brasil e o tipo mais comum é o câncer de próstata para os homens e para as mulheres o câncer de mama. Ele pode ser esporádico ou hereditário.

Drª Angelina Acosta destacou a Bahia como sendo Pioneira já que é o primeiro estado a  estar oferecendo essa capacitação que será expandida em todo o Brasil. Angelina destacou também que na Bahia existe dois centros credenciados de doenças raras entre eles a APAE (Associação de Pais e amigos dos excepcionais) e o Hospital das Clínicas.

O evento aconteceu no Hotel Deville Prime e contou com a participação de 760 agentes comunitários de toda a Bahia.

Vale destacar que o Congresso engloba os mais diversos profissionais ligados a medicina. O  objetivo do encontro que ocorre de 01 a 05 de julho, é Debater ainda sobre o processo de implantação da Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Rara no SUS, sobre a habilitação de novos centros de referência, atualização e criação de PCDTs, consultas públicas de Incorporação de Novas tecnologias, etc.

Por Cida carneiro com informações da cartilha do evento 

CONFIRA OUTRAS IMAGENS:






Nenhum comentário:

Postar um comentário

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ICHU NOTÍCIAS.

Neste espaço é proibido comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Administradores do ICHU NOTÍCIAS pode até retirar, sem prévia notificação, comentários ofensivos e com xingamentos e que não respeitem os critérios impostos neste aviso.