A Bahia passa a ter um sistema de monitoração eletrônica de pessoas
em casos de violência doméstica contra a mulher. O lançamento da
ferramenta foi realizado nesta quinta-feira (22), no auditório do
Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), em Salvador.
Participaram da solenidade os secretários estaduais de Administração
Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, e de Políticas para as
Mulheres, Julieta Palmeira, além da corregedora-geral da Justiça,
desembargadora Lisbete Maria Cézar Santos, e da presidente da
Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do
TJBA, desembargadora Nágila Brito.
A medida é resultado de termo de compromisso assinado pelas
secretarias de Políticas para as Mulheres (SPM-BA) e de Administração
Penitenciária e Ressocialização (Seap), em setembro de 2018, para que
parte das tornozeleiras adquiridas pelo Governo da Bahia fosse
disponibilizada para monitoração de acusados ou condenados em casos de
violência doméstica e familiar contra as mulheres, especialmente nos
casos em que há medida protetiva com ordem de afastamento do agressor da
vítima.
“A Seap atendeu ao seu compromisso acatando ao pleito da SPM e de várias organizações para que as tornozeleiras fossem disponibilizadas com esse propósito. Agora, o TJ tem a seu dispor as tornozeleiras para decidir sobre as indicações em cada caso”, afirmou a titular da SPM-BA, Julieta Palmeira.
O uso das tornozeleiras eletrônicas por agressores em casos de
violência doméstica e familiar é considerado um avanço no enfrentamento à
violência de gênero. A Lei Maria da Penha não garante a fiscalização da
medida protetiva que determina distância mínima entre o agressor e a
vítima. O equipamento informa a localização do agressor que está
proibido de se aproximar da vítima, contribuindo para garantir o
cumprimento da medida.
Os dados emitidos pela tornozeleira são enviados para a Central de Monitoramento da Seap, que acompanha todas as movimentações, comunicando à Justiça em caso de descumprimento. Além disso, a utilização do ‘botão do pânico’ reforça a proteção da vítima, uma vez que fica conectado com a tornozeleira do acusado e, quando este se aproxima da vítima, uma chamada é acionada na polícia.
Fonte: SECOM
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