A procuradora Jerusa Viecili postou em sua conta no Twitter nesta
terça-feira (27) um pedido de desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) por ter debochado, em conversas com colegas no
Telegram, da morte da ex-primeira-dama Marisa Leticia e do luto do
petista.
"Errei", disse ela. "E minha consciência me leva a fazer o correto:
pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula." A
publicação veio no mesmo dia em que o UOL publicou, em parceria com o
site The Intercept Brasil, mensagens trocadas entre os procuradores da
Operação Lava Jato quando Marisa morreu, em 2017.
"Querem que eu fique pro enterro?", diz Viecili em uma mensagem logo
depois da notícia de que Marisa havia morrido, vítima de um AVC.
"Preparem para nova novela ida ao velório", escreveu ela quando o neto
de Lula, Arthur, 7, morreu vítima de uma infecção generalizada. A
reportagem mostra vários diálogos. Em um deles, a procuradora Laura
Tessler diz, depois da morte de Marisa: "Quem for fazer a próxima
audiência do Lula, é bom que vá com uma dose extra de paciência para a
sessão de vitimização".
Os procuradores ainda comentam o discurso de despedida de Lula no velório de Marisa, em que ele diz esperar que os "facínoras que fizeram isso contra ela [Marisa] tenham um dia a humildade de pedir desculpas". "Bobagem total... Ninguém mais dá ouvidos a esse cara", diz Deltan Dallagnol.
A reportagem mostra ainda mensagens trocadas entre os procuradores quando Vavá, irmão de Lula, morreu, no começo deste ano. Um deles, Antônio Carlos Welter, pondera que Lula tem direito de ir ao enterro, como a lei prevê para qualquer preso. O procurador Januario Paludo responde: "O safado só queria passear e o Welter com pena".
Os procuradores ainda comentam o discurso de despedida de Lula no velório de Marisa, em que ele diz esperar que os "facínoras que fizeram isso contra ela [Marisa] tenham um dia a humildade de pedir desculpas". "Bobagem total... Ninguém mais dá ouvidos a esse cara", diz Deltan Dallagnol.
A reportagem mostra ainda mensagens trocadas entre os procuradores quando Vavá, irmão de Lula, morreu, no começo deste ano. Um deles, Antônio Carlos Welter, pondera que Lula tem direito de ir ao enterro, como a lei prevê para qualquer preso. O procurador Januario Paludo responde: "O safado só queria passear e o Welter com pena".
Por Mônica Bergamo | Folhapress
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