O Ministério da Saúde incorporou cinco novos medicamentos e uma
associação medicamentosa, destinadas ao tratamento de quatro doenças, ao
Sistema Único de Saúde (SUS). Os documentos definem critérios para
diagnóstico, controle e tratamento da hidradenite supurativa (HS), da
colangite biliar primária (CBP) e da fenilcetonúria. Outra doença, a
uvéite não infecciosa, teve seu protocolo de tratamento atualizado
devido à incorporação do medicamento adalimumabe.
A pasta informou que três dessas doenças passam a contar com o
tratamento definido em Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas
(PCDT) no Sistema Único de Saúde (SUS) que garante o cuidado com
tratamento específico aos pacientes acometidos pelas doenças.
O Ministério ainda destacou que os protocolos clínicos são
importantes porque definem a linha de cuidado de uma doença ou agravo
que deve ser seguida pelos profissionais de saúde para tratar os
pacientes. Esses critérios devem ser seguidos pelos gestores locais. Os
documentos são baseados em evidências científicas e consideram eficácia,
segurança, efetividade e custo-efetividade das tecnologias
recomendadas.
A colangite biliar primária (CBP) é uma doença crônica e autoimune,
em que o sistema imunológico ataca as células saudáveis do fígado,
podendo causar cirrose hepática e necessidade de transplante do órgão.
Com tendência a ocorrer na meia idade, a CBP se manifesta sem sintomas
e, por isso, o diagnóstico geralmente é tardio. A maioria dos pacientes
só desenvolvem sintomas anos após o conhecimento da doença. Cansaço
excessivo, coceira no corpo, perda de peso, desconforto abdominal e
icterícia, que é a coloração amarela da pele causada por um aumento na
concentração de bilirrubina na corrente sanguínea (hiperbilirrubinemia),
estão entre as principais manifestações.
A hidradenite supurativa é uma doença inflamatória de pele que
acomete, principalmente, as regiões das axilas, virilha, seios e, até
então, não tinha tratamento específico. As mulheres são afetadas com
maior frequência. A repetição das inflamações pode gerar cicatrizes
graves e consequentemente limitação ou incapacidade de movimento no
local, provocando grande impacto na qualidade de vida dos pacientes.
A Fenilcetonúria é uma doença rara, na qual existe uma deficiência na
capacidade de quebrar adequadamente moléculas do aminoácido,
fenilalanina (FAL), presente nas proteínas de origem animal e vegetal.
Por isso, pessoas com fenilcetonúria precisam ter uma dieta com muitas
restrições e produtos específicos.
Quanto a uveítes não infecciosas, são um conjunto de doenças nos
olhos que ocorrem em decorrência da inflamação da úvea, região do olho
formada pela íris, corpo ciliar e coroide.
Do Bahia Notícias
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