A regulamentação e fiscalização do
transporte alternativo e complementar, diante da entrada em vigor da Lei
Federal 13.855, foi debatida na Assembleia Legislativa da Bahia, na
manhã desta terça-feira (1º). O endurecimento das regras para o setor,
de acordo com a União dos Municípios da Bahia (UPB), traz prejuízos à
circulação de pessoas e à economia dos municípios baianos, que estão
mobilizados em buscar soluções para o impasse.
Acompanhado dos motoristas Ivan, Gilney e
Robério, o vereador Arraia participou dessa audiência assim como fez na
realizada em Serrinha. (Relembre).
O presidente da UPB, Eures Ribeiro, marcou
presença no evento e destacou a importância da atividade para os
municípios ao cobrar da Assembleia Legislativa mais empenho na
proposição de leis que garantam a mobilidade do transporte alternativo
no estado. Na audiência, ele também reforçou o apoio da UPB à causa. "Os
prefeitos estão muito interessados em ajudar porque, se esse transporte
para, param nossos municípios e nossa economia. Como vamos transportar o
povo?", afirmou Ribeiro, que também é prefeito de Bom Jesus da Lapa no
Oeste do estado.
Segundo o gestor, a UPB está encaminhando
à AGERBA as linhas que já existem no transporte complementar dos
municípios para um entendimento e a manutenção do serviço. "Entregamos
uma carta ao governador Rui Costa e pedimos sensibilidade". O presidente
da UPB ressaltou ainda o empenho dos prefeitos em discutir com o
Ministério Público (MP) um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
propondo: 1) garantir que os trabalhadores que já estão atuando sejam
mantidos; 2) Aumentar a idade do veículo para circulação; 3) diminuir as
taxas, a burocracia e fornecer autorização precária por um período; 4)
dar a anistia das multas.
Presidente da Comissão de Infraestrutura
da Casa, o deputado estadual Robson Almeida conduziu a audiência e, ao
fim, garantiu: "não haverá nenhuma perseguição ao transporte
complementar a partir de 8 de outubro. Foi o que ouvimos das entidades
aqui reunidas". O deputado relembrou o TAC firmado em 2015, em vigor
hoje, com 272 linhas autorizadas em acordo com o MP. Dessas 101 foram
ocupadas e 171 não foram licitadas ou homologadas. "Temos uma defasagem
muito grande. Precisamos atualizar a lei estadual e propor regras para
nova licitação", pontuou.
A categoria alega que a lei federal
sofreu lobby das empresas de transporte e reclama que o serviço precisa
de tratamento cuidadoso por ter função social. "Nós não estamos tomando
lugar de nenhuma empresa, nós já existimos. Vamos fortalecer o sistema
complementarmente e sentados à mesa de negociação. Precisamos de
regulamentação, de condição de entrar no mercado de forma legal e ter
linha de crédito para padronização", certificou o representante da
Categoria, Téo da Van que é presidente Coopertai.
Representantes da Polícia Rodoviária
Estadual (PRE) e Federal (PRF) foram ouvidos, assim como o diretor
executivo da Agência Estadual de Regulamentação Serviços Públicos,
Energia e Comunicações da Bahia (Agerba), Carlos Henrique Martins, e o
deputado federal Zé Neto atualizou os presentes sobre o andamento da
Reforma do Código de Trânsito Brasileiro.
Redação do AL Notícias - com adaptação das informações da UPB
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