Com o segundo título da Libertadores e a perspectiva de enfrentar
novamente o Liverpool (ING) pela glória no Mundial de Clubes, a
comparação sobre os dois times vencedores do Flamengo, o atual e o de
1981, parece inevitável.
Ambos ganharam a competição sul-americana com a mesma quantidade de
jogos (13), mas o Flamengo de 38 anos atrás perdeu pela primeira vez
apenas na partida de volta da final, diante do Cobreloa (CHI). A equipe
de 2019 foi derrotada três vezes no caminho para a taça.
O grupo atual, comandado por Jorge Jesus, está muito perto de ser
campeão nacional. Desde o Santos de Pelé, em 1963, um clube não é
campeão da Libertadores e do Brasileiro no mesmo ano.
Mas esse não é um assunto agradável para os jogadores do Flamengo de 2019. "Garanto que a torcida está satisfeita com os dois times. Os torcedores querem ver o time campeão", desconversou Filipe Luís antes da decisão.
Em vez do jogo único de 2019, o Flamengo de 1981 precisou entrar em campo três vezes na decisão para levantar o troféu. Depois de ganhar por 2 a 1 no Maracanã, perdeu por 1 a 0 em Santiago. Foi necessário um desempate em campo neutro. Em Montevidéu, o clube brasileiro venceu por 2 a 0.
"Não dá para comparar os dois times. O de 1981 ganhou tudo e tinha um jogador excepcional, que era o Zico", afirmou o atacante Nunes.
Aquele grupo do Flamengo venceu três vezes o Brasileiro em quatro anos (1980, 1982 e 1983), além de ter goleado por 3 a 0 o Liverpool na final do Mundial de 1981, torneio que o time de Jesus tentará ganhar em dezembro.
A conquista da Libertadores de 2019 pode ter também garantido a equipe no novo formato de uma Copa do Mundo de Clubes expandida, a ser jogada em 2021.
"Olha, se você colocar o Zico no time de hoje, a equipe deles fica melhor. Era o Zico quem fazia toda a diferença no nosso time. Olhando bem, acho que nas outras posições todos os jogadores se equivalem", disse o ex-lateral-esquerdo Júnior, hoje comentarista do Grupo Globo.
Justamente no ano em que ganhou a Libertadores, o Flamengo não conseguiu ser campeão brasileiro. O vencedor em 1981 foi o Grêmio.
Aquela equipe se tornou a régua para medir todas as que vieram depois na Gávea, porque o clube passou quase quatro décadas tentando repetir o sucesso sul-americano. Falhou 13 vezes, até que Jesus fez o elenco mais caro do Brasil mostrar um futebol ofensivo não visto nos primeiros meses da temporada.
"O Flamengo de 1981 era um timaço. E tinha um agravante: os adversários do Flamengo naquela época eram muito qualificados. O Vasco, o São Paulo, o Atlético-MG, o Grêmio... Ou seja, onde você fosse jogar, as partidas eram muito disputadas", afirmou Lico, outro campeão do início da década de 1980.
Embora o time de 1981 tenha chegado invicto à final, a campanha daquele ano teve polêmicas. A maior de todas foi a atuação do árbitro José Roberto Wright no jogo de desempate contra o Atlético-MG para decidir quem se classificaria no Grupo 3.
Após 37 minutos, o juiz carioca havia mostrado cartão vermelho para cinco jogadores do clube mineiro, que ficou com apenas seis em campo. O número é inferior ao permitido pela regra. O confronto foi encerrado, e o Flamengo, declarado vencedor.
O time atual também sofreu para chegar ao título. Na fase de grupos, precisou evitar a derrota para o Peñarol em Montevidéu para não ser eliminado. Nas oitavas, contou com os pênaltis para passar pelo Emelec (EQU).
"Não tem a menor chance de eu falar disso [comparação]. São momentos diferentes, adversários diferentes", disse Zico, o principal jogador daquele time campeão em 1981.
Mas esse não é um assunto agradável para os jogadores do Flamengo de 2019. "Garanto que a torcida está satisfeita com os dois times. Os torcedores querem ver o time campeão", desconversou Filipe Luís antes da decisão.
Em vez do jogo único de 2019, o Flamengo de 1981 precisou entrar em campo três vezes na decisão para levantar o troféu. Depois de ganhar por 2 a 1 no Maracanã, perdeu por 1 a 0 em Santiago. Foi necessário um desempate em campo neutro. Em Montevidéu, o clube brasileiro venceu por 2 a 0.
"Não dá para comparar os dois times. O de 1981 ganhou tudo e tinha um jogador excepcional, que era o Zico", afirmou o atacante Nunes.
Aquele grupo do Flamengo venceu três vezes o Brasileiro em quatro anos (1980, 1982 e 1983), além de ter goleado por 3 a 0 o Liverpool na final do Mundial de 1981, torneio que o time de Jesus tentará ganhar em dezembro.
A conquista da Libertadores de 2019 pode ter também garantido a equipe no novo formato de uma Copa do Mundo de Clubes expandida, a ser jogada em 2021.
"Olha, se você colocar o Zico no time de hoje, a equipe deles fica melhor. Era o Zico quem fazia toda a diferença no nosso time. Olhando bem, acho que nas outras posições todos os jogadores se equivalem", disse o ex-lateral-esquerdo Júnior, hoje comentarista do Grupo Globo.
Justamente no ano em que ganhou a Libertadores, o Flamengo não conseguiu ser campeão brasileiro. O vencedor em 1981 foi o Grêmio.
Aquela equipe se tornou a régua para medir todas as que vieram depois na Gávea, porque o clube passou quase quatro décadas tentando repetir o sucesso sul-americano. Falhou 13 vezes, até que Jesus fez o elenco mais caro do Brasil mostrar um futebol ofensivo não visto nos primeiros meses da temporada.
"O Flamengo de 1981 era um timaço. E tinha um agravante: os adversários do Flamengo naquela época eram muito qualificados. O Vasco, o São Paulo, o Atlético-MG, o Grêmio... Ou seja, onde você fosse jogar, as partidas eram muito disputadas", afirmou Lico, outro campeão do início da década de 1980.
Embora o time de 1981 tenha chegado invicto à final, a campanha daquele ano teve polêmicas. A maior de todas foi a atuação do árbitro José Roberto Wright no jogo de desempate contra o Atlético-MG para decidir quem se classificaria no Grupo 3.
Após 37 minutos, o juiz carioca havia mostrado cartão vermelho para cinco jogadores do clube mineiro, que ficou com apenas seis em campo. O número é inferior ao permitido pela regra. O confronto foi encerrado, e o Flamengo, declarado vencedor.
O time atual também sofreu para chegar ao título. Na fase de grupos, precisou evitar a derrota para o Peñarol em Montevidéu para não ser eliminado. Nas oitavas, contou com os pênaltis para passar pelo Emelec (EQU).
"Não tem a menor chance de eu falar disso [comparação]. São momentos diferentes, adversários diferentes", disse Zico, o principal jogador daquele time campeão em 1981.
Por Alex Sabino / Toni Assis | Folhapress / Do BN
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