Moradia sub-humana pode ser encontrada em Corte Grande que fica a 3 km da sede do Distrito em Conceição do Coité.
Milhares de familiares coiteenses foram beneficiadas com algum tipo de
programa habitacional, mas certamente outras milhares também ficaram
frustradas por não receberem moradia. Uma delas é a dona de casa Maria
Luzinete da Fazenda Corte Grande, distante apenas 3 km do centro do
Distrito Salgadália no Município de Conceição do Coité.
Luziente tem 39 anos, é casada com o lavrador Jeferson e tem 4 filhos,
só que há mais de um ano vivem de forma sub-humana, num aviário ao lado
da casa da mãe dela a senhora Maria José de Jesus, detalhe: o aviário
foi um programa Segunda Água do Governo Federal e gerido pelo Consisal
que tinha como objetivo ajudar as famílias na geração de emprego e renda
e entregava além do aviário com uma grande quantidade de ave (pinto)
uma horta e uma cisterna com capacidade de 52 mil litros de água.
Dona Maria José disse ao Calila Noticias que vinha criando os pintos no
local, porém sua filha que morava de aluguel em Salgadalia disse que
diante da seca os motores de sisal pararam e tanto ela quanto o esposo
não conseguiram ganhar dinheiro suficiente para pagar e disse que
estaria desocupado o imóvel e iria morar com ela.
“Eu disse: minha filha tu vem pra cá e onde vou te botar? Ela disse que
vinha mesmo que fosse pra morar no galinheiro. Ai eu disse, então venha
que a gente se ajeita, ai dividir deixando ela numa parte e os pintos em
outra, mas depois vi que não estava bom pra ela morar ao lado dos
pintos e resolvi parar a criação e deixei o galinheiro só pra ela,
comprei lona pra colocar ao redor porque não podia dar uma casa pra
ela”, contou a agricultora.
Dona Maria relatou que na medida que suspendeu a criação de pinto deixou
de ter a renda e por consequência também deixou de cultivar a horta e
agora trabalha apenas no motor de sisal, “mas estou satisfeita em ver
minha filha debaixo de quatro telha e quando ela for pra casa dela eu
volto a criar de novo”, disse.
Maria gravou um vídeo e lançou nas redes sociais pedindo ajuda a quem
pudesse doar qualquer tipo de material para construir a casa, o caso
ganhou repercussão na região e o diretor/locutor da Rádio Vitória FM
Hugo Ribeiro convocou a população e o sonho de Maria e sua filha
Luzinete está prestes a se tornar realidade, várias pessoas têm ajudado e
já estão sendo levantadas as paredes da futura residência. Ela só
lamenta não ter recebido ajuda do poder público.
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