O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública)
anunciou em sua página no Twitter que 612 imóveis confiscados do
tráfico de drogas ‘irão em breve’ a leilão. Moro destaca que a
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), braço do
Ministério que dirige, divulgou informações detalhadas sobre os imóveis,
inclusive localização.
São apartamentos, sítios, terrenos, prédio, lotes, chácaras,
fazendas, galpões e muitos outros itens em todas as regiões do país,
apreendidos em processos contra organizações criminosas.
Todo o patrimônio tomado do tráfico está apto à venda imediata pela
Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SCGPU).
Moro disse à reportagem que ‘a estratégia do Ministério da Justiça e
Segurança Pública continua sendo a de acelerar a venda dos bens
confiscados do tráfico de drogas’.
“O crime não pode compensar. Para o cidadão, os leilões são uma boa
oportunidade para comprar imóveis e produtos com descontos no preço”,
argumenta o ministro.
Para facilitar o acesso dos interessados nesses bens, a Secretaria
Nacional de Políticas sobre Drogas lançou um painel georreferenciado com
a localização exata e as informações detalhadas dos 612 imóveis.
No painel disponibilizado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre
Drogas podem ser consultadas informações dos imóveis perdidos em favor
do Fundo, de forma georreferenciada e desagregada por unidade da
federação e cidade.
A Senad ressalta que, na prática, o painel reduz a burocracia e
facilita que esses bens, perdidos em favor do Fundo Nacional Antidrogas
(Funad), sejam alienados o quanto antes, gerando recursos para políticas
antidrogas.
O site torna as consultas acessíveis para qualquer cidadão
interessado, apresentando distribuição por Estado e cidade com alta
precisão de coordenadas geográficas.
“Disponibilizamos essa informação publicamente para reforçar a
prioridade na gestão de ativos feita pela Senad. Estamos dando a máxima
publicidade aos bens imóveis que estão sob a nossa administração e já
estamos em tratativas com a SCGPU para proceder a venda da maioria deles
brevemente”, diz o diretor de Gestão de Ativos da pasta, Igor
Montezuma.
Ele acrescenta. “Já passamos a relação de 143 imóveis, nas mais
diversas localidades, para que a Secretaria de Coordenação e Governança
do Patrimônio da União venda ainda nesse ano, conforme acordado entre os
dois órgãos.”
No painel há informação sobre a documentação judicial completa ou
incompleta dos imóveis, indicando, assim, se há pendência com relação
aos documentos encaminhados pelo Judiciário à Senad.
Quando a documentação está completa, o bem, do ponto de vista
judicial, já pode ser leiloado, restando a necessidade de verificação
dos requisitos e procedimentos administrativos para efetivar sua
alienação.
As informações do painel são dinâmicas, variando conforme a data de
sua extração. Quando há novo perdimento de bens em favor do Fundo
Nacional Antidrogas, por decisão judicial, o quantitativo de bens
aumenta. Da mesma forma, quando da realização dos leilões, esse
quantitativo diminui.
Os imóveis do Fundo têm origem no perdimento de bens apreendidos em
processos criminais relacionados ao tráfico de drogas e demais crimes
previstos na Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas).
Seu registro é realizado no sistema Gfunad (sistema que promove a
guarda e gerenciamento de dados dos bens do fundo) a partir das
informações encaminhadas pelo Judiciário à Senad.
Esses bens têm como destinação principal a venda, por meio de
leilões, resultando na arrecadação de recursos a serem aplicados em
ações e projetos de enfrentamento e prevenção às drogas.
Fonte: Correio
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