Sob a batuta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT ampliou o
seu arco de alianças para as próximas eleições municipais.
Reunido no Rio, o comando petista autorizou, nesta sexta-feira (7),
alianças com partidos do centrão, PSDB, DEM e até PSL em cidades onde PT
ou seus aliados históricos encabecem a chapa.
Em sua primeira reunião de 2020 e com nova composição, a Executiva
Nacional da legenda aprovou uma resolução listando PSOL, PDT, PSB, Rede,
PCO e UP como parceiros preferenciais. Embora estivesse no Rio desde a
tarde de sexta, o ex-presidente não participou do encontro.
"Nas situações em que o PT não encabeça a chapa e o candidato seja de um partido que não integre o espectro citado acima, somente serão permitidas alianças táticas e pontuais se autorizadas pelo diretório estadual, desde que candidato tenha compromisso expresso com a oposição a Bolsonaro e suas políticas", afirma o texto.
Outra condição para o PT subir em palanque fora de sua parceria histórica é que o candidato "não tenha práticas de hostilidade ao PT e aos presidentes Lula e Dilma".
O texto traz uma dubiedade ao afirmar que "o PT nacional decide que não ocorram alianças com os partidos que sustentam o projeto ultraneoliberal (DEM, PSDB) e veta qualquer aliança com aqueles que representam o extremismo de direita em nosso país".
De acordo com a assessoria do partido, a menção ao DEM e ao PSDB é uma tentativa de mostrar que os dois partidos não integram a extrema direita. O documento não chega a nominar as legendas com as quais as alianças estão vetadas.
Segundo o texto, a estratégia de fortalecimento da luta partidária não afasta a sigla da disposição de procurar e fazer alianças com as forças políticas que se aproximam dos mesmos compromissos com o povo, "não só pela construção de alianças pontuais focadas em 2020, mas pela união de esforços contra o projeto de destruição social do governo Bolsonaro, que buscará a reeleição".
O texto está em consonância com o que pensa Lula. Desde que deixou a prisão, em novembro do ano passado, o ex-presidente tem defendido a ampliação de alianças táticas no confronto com o governo Bolsonaro.
No documento, o PT afirma que a constituição de uma frente democrática popular, com forte participação dos partidos de esquerda, movimentos sociais e populares e setores progressistas "é compatível e complementar à formação de alianças táticas com setores sociais e políticos que tenham contradições reais com determinadas políticas do governo Bolsonaro".
O documento destaca a repercussão internacional do movimento em defesa do ex-presidente Lula, mas ressalva: "é importante registrar que Lula está solto, e não livre! É imperativo para a democracia a anulação da sentença ilegal e mentirosa de Sergio Moro e o restabelecimento dos direitos políticos de Lula".
Solto após julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que definiu que condenados têm direito a aguardar o fim dos recursos de seus processos em liberdade, Lula está inelegível.
O ex-presidente se enquadra na Lei da Ficha Limpa, que veta a candidatura de políticos condenados em segunda instância --ele tem duas, uma pelo caso do sítio de Atibaia (SP) e outra pelo do tríplex de Guarujá (SP).
A resolução petista acusa Moro de proteger "lideranças aliadas, ministros e o próprio clã bolsonarista de investigações sobre suas relações com a milícia, os laranjas, a corrupção, o assassinato de [da vereadora] Marielle e Anderson e outros graves crimes".
O partido afirma também que, embora as tensões entre Bolsonaro e Moro sejam persistentes, ambos compartilham o mesmo objetivo: impedir que o PT e as forças progressistas e populares voltem a governar o país.
"Nas situações em que o PT não encabeça a chapa e o candidato seja de um partido que não integre o espectro citado acima, somente serão permitidas alianças táticas e pontuais se autorizadas pelo diretório estadual, desde que candidato tenha compromisso expresso com a oposição a Bolsonaro e suas políticas", afirma o texto.
Outra condição para o PT subir em palanque fora de sua parceria histórica é que o candidato "não tenha práticas de hostilidade ao PT e aos presidentes Lula e Dilma".
O texto traz uma dubiedade ao afirmar que "o PT nacional decide que não ocorram alianças com os partidos que sustentam o projeto ultraneoliberal (DEM, PSDB) e veta qualquer aliança com aqueles que representam o extremismo de direita em nosso país".
De acordo com a assessoria do partido, a menção ao DEM e ao PSDB é uma tentativa de mostrar que os dois partidos não integram a extrema direita. O documento não chega a nominar as legendas com as quais as alianças estão vetadas.
Segundo o texto, a estratégia de fortalecimento da luta partidária não afasta a sigla da disposição de procurar e fazer alianças com as forças políticas que se aproximam dos mesmos compromissos com o povo, "não só pela construção de alianças pontuais focadas em 2020, mas pela união de esforços contra o projeto de destruição social do governo Bolsonaro, que buscará a reeleição".
O texto está em consonância com o que pensa Lula. Desde que deixou a prisão, em novembro do ano passado, o ex-presidente tem defendido a ampliação de alianças táticas no confronto com o governo Bolsonaro.
No documento, o PT afirma que a constituição de uma frente democrática popular, com forte participação dos partidos de esquerda, movimentos sociais e populares e setores progressistas "é compatível e complementar à formação de alianças táticas com setores sociais e políticos que tenham contradições reais com determinadas políticas do governo Bolsonaro".
O documento destaca a repercussão internacional do movimento em defesa do ex-presidente Lula, mas ressalva: "é importante registrar que Lula está solto, e não livre! É imperativo para a democracia a anulação da sentença ilegal e mentirosa de Sergio Moro e o restabelecimento dos direitos políticos de Lula".
Solto após julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que definiu que condenados têm direito a aguardar o fim dos recursos de seus processos em liberdade, Lula está inelegível.
O ex-presidente se enquadra na Lei da Ficha Limpa, que veta a candidatura de políticos condenados em segunda instância --ele tem duas, uma pelo caso do sítio de Atibaia (SP) e outra pelo do tríplex de Guarujá (SP).
A resolução petista acusa Moro de proteger "lideranças aliadas, ministros e o próprio clã bolsonarista de investigações sobre suas relações com a milícia, os laranjas, a corrupção, o assassinato de [da vereadora] Marielle e Anderson e outros graves crimes".
O partido afirma também que, embora as tensões entre Bolsonaro e Moro sejam persistentes, ambos compartilham o mesmo objetivo: impedir que o PT e as forças progressistas e populares voltem a governar o país.
Por Catia Seabra | Folhapress
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