A manhã desta quinta-feira (26) foi marcada por uma nova
videoconferência liderada pelo governador Rui Costa para responder
perguntas de prefeitos de todo o território baiano sobre problemas
gerados pela pandemia do novo coronavírus.
O envio de máscaras e álcool
em gel para os municípios e a articulação que vem sendo feita pelo
governo estadual para repasse das emendas parlamentares a fim de
aplicação na área da saúde, nas diferentes regiões do estado, fizeram
parte das questões apresentadas.
Acompanhado do secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, o
governador tirou dúvidas como a apresentada pelo prefeito de Bom Jesus
da Lapa e presidente da União dos Municípios, Eures Ribeiro, que tratou
da interlocução do Estado para criação de unidades de tratamento da
COVID-19, também no interior.
“Essa doença exige atendimento de alta complexidade, leitos de
Unidade Terapia Intensiva (UTI), por isso iremos concentrar, enquanto
for possível, o tratamento dos casos que necessitem internação apenas em
Salvador. É possível que haja, em breve, a regionalização dos
atendimentos, capitaneada pelo Estado, já que cada prefeito sozinho não
será capaz de adquirir, em grande escala, Equipamentos de Proteção
Individual, por exemplo”, explicou Rui.
O governador ressaltou, também, que a estratégia de priorizar os
tratamentos na capital está sendo adotada “para evitar que pacientes que
já têm algum problema e estão internados em hospitais não sejam
infectados, já que 80% das mortes ocorrem com idosos ou pessoas com
problemas prévios de saúde”.
Medidas nos municípios
Perguntado sobre como cada prefeito deve proceder em relação às
medidas de isolamento social, o governador fez questão de ressaltar que
faz sugestões, mas que os gestores municipais têm a autonomia para
adotar medidas que julguem mais acertadas. “Em minha opinião, as
restrições têm que ser progressivas e gradativas, de acordo com a
evolução do surgimento de casos em cada um dos municípios. O fechamento
dos terminais rodoviários, por exemplo, só determinei em cidades com
casos confirmados. Cidades que não tenham casos confirmados podem manter
algumas atividades, como feiras livres, e evitar medidas mais
drásticas, inicialmente”, aconselhou.
Rui Costa advertiu, no entanto, que certas atividades não devem ser
retomadas em nenhuma localidade do território baiano. “As aulas de
qualquer cidade não devem voltar por que as escolas concentram,
diariamente, um volume enorme de pessoas. Dessa forma, apenas um aluno
infectado pode passar para os demais colegas e familiares, gerando um
grande número de casos naquela cidade. Shows e festas também não podem
ser realizados, nesse momento”, alertou o governador.
Sobre o fechamento de rodovias, Rui Costa foi categórico. “Nossa
orientação não é fechar rodovias. Isso não ajuda em nada. Muito pelo
contrário, pode causar problemas de abastecimento, pois precisamos
manter a comunicação e a circulação daqueles que, nesse período,
precisam de fato ir e vir, como pessoas que fazem tratamentos de saúde
em municípios diferentes de onde residem”, frisou o governador.
O governador finalizou a videoconferência reforçando que é um momento
de união. “A maior força da Bahia tem sido a união, união do Estado com
as Prefeituras, e é preciso que isso continue a ser assim. Os 15
milhões de baianos representam 8% da população brasileira e, em número
de casos, estamos apenas com 3,5% dos casos de coronavírus de todo o
país. Esse índice baixo é resultado dessa parceria e esse entendimento
deve ser contínuo”, conclui Rui.
Do Calila Notícias
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