Um estudo feito pelo Imperial College de Londres diz que o Brasil
em caso de nenhuma estratégia de isolamento e de enfrentamento da
pandemia fosse feita, poderia ter mais de 1,15 milhão de mortes devido à
Covid-19.
Foto: Matheus Caldas / Bahia Notícias |
O estudo analisa impacto em 202 países, eles concluíram que,
se os governos adotarem medidas rigorosas cedo, como testes de
diagnóstico, isolamento de doentes e distanciamento social para frear a
disseminação do vírus, 38,6 milhões vidas podem ser salvas. Isso
representa uma redução de mortalidade de cerca de 95%.
Com estratégias de supressão rígidas para toda a população, que são
aquelas que buscam bloquear a circulação do vírus, o estudo diz que o
número de mores pode ser reduzido para 44,2 mil, segundo o G1.
Foi o Imperial College o instituto responsável por outro estudo que
virou um marco na pandemia: um modelo matemático deu um panorama
extremamente sombrio de como a doença ia se propagar pelo país, como ia
impactar o sistema público de saúde (o SUS do Reino Unido, chamado de
NHS) e que até 250 mil pessoas poderiam morrer. Depois do estudo, a
estratégia do governo britânico mudou, abandonando a "imunização de
rebanho".
Para o Brasil, no novo estudo, o cenário sem qualquer medida de
enfrentamento aponta: Mortos: 1,15 milhão; Infectados: 187,7 milhões;
Hospitalizações: 6,2 milhões; Casos graves: 1,5 milhão; Assinam o estudo
quase 50 cientistas, incluindo um grupo relacionado à Organização
Mundial da Saúde (OMS). Em um cenário com a implementação de medidas
parciais de isolamento para a população, com restrições a eventos e
aglomerações, o número de mortes cai para 627 mil, e o de infectados
para 122 milhões.
Há, ainda, um cenário com isolamento imposto somente para idosos: 529
mil mortos; 120 milhões de infectados; 3,2 milhões de hospitalizações;
702 mil casos graves.
"Nós estimamos que a ausência de intervenções resultaria em 7 bilhões
de infecções e 40 milhões de mortes no mundo todo pela Covid-19 neste
ano. Estratégias de mitigação focadas na blindagem a idosos (redução de
60% dos contatos sociais) e desaceleração, mas não interrupção, da
transmissão (redução de 40% dos contatos sociais para uma população mais
ampla) poderiam reduzir esse ônus pela metade, salvando 20 milhões de
vidas", disseram os autores.
"No entanto, prevemos que, mesmo nesse cenário, os sistemas de saúde
em todos os países será sobrecarregado rapidamente. É provável que esse
efeito seja ainda mais grave em contextos de baixa renda, lugares onde a
capacidade é mais baixa", complementam.
Do Bahia Notícias
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