No meio à pior fase da pandemia de Covid-19 no Brasil, o presidente
Jair Bolsonaro acusou a Organização Mundial da Saúde (OMS) de incentivar
a masturbação e a homossexualidade de crianças. Ele usou as redes
sociais para fazer a acusação, mas apagou o post logo depois.
"Essa é a Organização Mundial da Saúde (OMS) que muitos dizem que eu
devo seguir no caso do coronavírus", iniciou. "Deveríamos então seguir
também diretrizes para políticas educacionais?", completou.
Bolsonaro detalhou supostas recomendações da OMS para crianças de 0 a
4 anos. "Satisfação e prazer ao tocar o próprio corpo (masturbação);
expressar suas necessidades e desejos por exemplo, no contexto de
'brincar de médico'; as crianças têm sentimento sexuais mesmo na
primeira infância", descreve o texto.
O guia citado por Bolsonaro foi publicado em 2010 pelo Centro Federal
de Educação em Saúde da Alemanha, em conjunto com o escritório europeu
da OMS.
O texto, na verdade, é dirigido aos pais e diz que as crianças de 2 a
3 anos são curiosas em relação aos seus corpos e, por isso, nesta fase
desenvolvem sua identidade de gênero. Mas o guia da OMS não diz aos pais
que incentivem os filhos a fazer isso, e sim que conversem com eles
sobre o assunto.
Foto: Reprodução / Facebook |
Do Bahia Notícias
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