Em nome do Consórcio do Nordeste, o governo da Bahia havia
fechado a compra de 600 respiradores artificiais com uma empresa
fornecedora da China. Mas o contrato, no valor de R$ 42 milhões, foi
cancelado pela empresa no início desta semana, sem maiores explicações.
"Alegaram apenas razões técnicas", disse o secretário da
Casa Civil do estado, Bruno Dauster, à Folha de S. Paulo. A empresa,
cujo nome não foi divulgado, justificou que a carga teria outro destino,
mas não especificou qual.
No entanto, a carga ficou retida em Miami, no Estados
Unidos, onde o voo fazia conexão antes de decolar com destino ao Brasil.
Isso aumentou a desconfiança de que os equipamentos foram destinados ao
combate à epidemia no país norte-americano. Recentemente, os Estados
Unidos superaram a Itália, com mais de 200 mil casos, se tornando o
epicentro da Covid-19 no mundo.
Esse cenário, inclusive, já preocupa especialistas
brasileiros, que veem o risco de desabastecimento por falto de
equipamentos e produtos hospitalares (saiba mais aqui).
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também pontuou a
possibilidade de cancelamentos de compras, já que o presidente
estadunidense, Donald Trump, deixou o ceticismo de lado e passou a
buscar a China para adquirir materiais e conter a crise.
Enquanto isso, o governo baiano procura uma solução.
"Estamos indo atrás de outro fornecedor", acrescentou Dauster. De acordo
com a publicação, o pagamento não chegou a ser efetuado e os
governadores do Nordeste seguem recorrendo ao mercado chinês, já que não
há outra opção.
Do Bahia Notícias
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