O presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje (1º) cerca
de R$ 200 bilhões em medidas para socorrer trabalhadores e empresas e
ajudar estados e municípios no enfrentamento aos efeitos da crise
provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil |
Ao lado do presidente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, explicou
que esse auxílio custará R$ 98 bilhões aos cofres públicos e deve
beneficiar 54 milhões de brasileiros. “De forma que eles tenham recursos
nos próximos três meses para enfrentar a primeira onda de impacto, que é
a onda da saúde. Há uma outra onda vindo de desarticulação econômica
que nos ameaça”, disse.
O governo federal também vai transferir R$ 16 bilhões para os fundos de
participação dos estados e dos municípios. “É para reforçar essa luta no
front, onde o vírus está atacando, os sistemas de saúde e segurança”,
explicou Guedes.
Manutenção de empregos
De acordo com o ministro, as outras medidas são para ajudar as empresas
na manutenção dos empregos. São R$ 51 bilhões para complementação
salarial, em caso de redução de salário e de jornada de trabalho de
funcionários, e R$ 40 bilhões (R$ 34 bilhões do Tesouro e R$ 6 bilhões
dos bancos privados) de crédito para financiamento da folha de
pagamento.
“Então a empresa que resolver manter os empregos, nós não só
complementamos o salário como damos crédito para o pagamento. A empresa
está sem capital de giro e reduziu, por exemplo, em 30% a jornada e o
salário, nós pagamos 30% do salário. E ela está sem dinheiro para pagar
os outros 70% que se comprometeu a manter, nós damos o crédito”,
explicou.
Segundo o ministro Guedes, as medidas custarão ao Tesouro o
correspondente a 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país.
Conversa com Trump
O presidente Bolsonaro também disse que conversou hoje, por telefone,
com o presidente dos Estados Unidos, Donald Tump sobre “esse problema
que é mundial”. “Obviamente, estamos juntos na busca do melhor para os
nossos países”, disse no pronunciamento à imprensa.
Mais cedo, em publicação no Twitter, Bolsonaro informou que trocou
informações sobre o impacto da covid-19 e sobre as experiências no uso
da hidroxicloroquina. “Na oportunidade, reafirmamos a solidariedade
mútua entre os dois países”, escreveu.
A cloroquina, e sua variação hidroxicloroquina, está sendo testada para o
tratamento de pacientes internados com covid-19. Esses medicamentos são
utilizadas normalmente contra a malária, nos casos de lúpus e artrite
reumatoide.
Da Agência Brasil
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