Durante videoconferência na manhã deste domingo, os ministros da Saúde debateram a pandemia por Covid-19 e seus impactos
Por Amanda Costa, da Agência Saúde / MS |
Os ministros da Saúde do G20 reafirmaram, neste domingo (19), o
compromisso em apresentar uma frente unida contra a ameaça comum, que é a
pandemia da Covid-19, “uma emergência de saúde sem precedentes”. Por
meio de videoconferência, os países que integram as principais economias
do mundo, discutiram o impacto da Covid-19 e discutiram ações para o
fortalecimento das redes de atenção à saúde para uma resposta coordenada
à pandemia, através de um esforço global urgente, inclusive, apoiando
os países com sistemas mais fracos na luta contra a doença para
minimizar a perda de vidas.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, reconheceu que os sistemas de
saúde do mundo nunca mais serão os mesmos após à pandemia por COVID-19.
“É fundamental entendermos a doença e a sua evolução, como preparar o
sistema para atender as pessoas que adoecem e definir os próximos
passos. E, ainda, de que forma vamos usar os testes de diagnóstico na
população para que possamos entender melhor a prevalência e a evolução
da doença”, avaliou Teich durante a videoconferência realizada nesta
manhã.
A videoconferência contou com a presença do diretor-geral da
Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, que agradeceu o empenho
dos ministros da Saúde em estarem juntos, discutindo soluções para
enfrentamento à doença. Em linhas gerais, o grupo se comprometeu na
adoção de abordagens inovadoras para acelerar o alcance da cobertura
universal através de sistemas de saúde resilientes e sustentáveis,
centrados em pessoas, com acesso equitativo aos serviços.
Em relação aos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do
enfrentamento à Covid-19, o grupo de ministros destacou o papel destes
profissionais, bem como outros tantos que atuam em serviços essenciais
prestados à população. E, ainda, o papel fundamental das pessoas na
adesão a políticas implementadas nos países para retardar a propagação
do vírus, como o distanciamento social que altera, temporariamente, o
estilo de vida.
“Discutimos temas importantes, como a preparação e resposta a
pandemias, incluindo a Covid-19, a valorização dos serviços médicos e
dos profissionais de saúde, a importância de soluções digitais, e, acima
de tudo, a segurança do paciente e a eficiência do cuidado para que a
gente consiga, no menor tempo possível, ao mesmo tempo em que protegemos
as pessoas, conseguirmos sair desta situação”, resumiu Teich após a
reunião.
O ministro da Saúde também destacou a discussão sobre a importância
da realização de testes de diagnóstico. “A utilização de testes nos
ajudará a entender melhor a doença e a sua evolução. E, com esta
informação, vamos poder preparar melhor o enfrentamento a este problema e
como sair dele. Essa capacidade de entender a doença é fundamental.
Como a gente não sabe quanto tempo vai levar para obtermos uma vacina
que nos ajude a sair desta situação de uma forma mais simples,
precisamos realmente entender o que está acontecendo para que a gente
consiga desenhar as políticas e ações que vão nos ajudar a passar por
isso da forma mais rápida”, finalizou.
G20
Principal mecanismo de governança econômica mundial, o G20 reúne
chefes de estados, ministros e autoridades de alto nível da África do
Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá,
China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália,
Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia.
Juntos, representam 90% do PIB mundial, 80% do comércio internacional
e dois terços da população mundial. Trata-se, portanto, de agrupamento
com poder político e econômico coletivo, capaz de influenciar a agenda
internacional, de promover debates sobre os principais desafios globais e
adotar iniciativas conjuntas para promoção do crescimento econômico
inclusivo e o desenvolvimento sustentável.
Por Amanda Costa, da Agência Saúde / MS
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